As marcas Intel, IBM e AMD lançaram alguns dos melhores processadores da história, mas também apresentaram modelos que decepcionaram os usuários. Os Bulldozer da AMD, o Pentium 1.13 GHz e o PowerPC G5 são apenas alguns dos exemplos de CPUs que não deram muito certo, com arquiteturas ineficientes e alto gasto de energia.
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Com esses componentes, diversas tecnologias revolucionárias fracassaram e acabaram como tropeços da indústria de semicondutores. Confira a seguir alguns desses chips, suas histórias e entenda por que não funcionaram bem.
1. AMD Bulldozer
Mais do que um único processador, Bulldozer refere-se a uma arquitetura utilizada em CPUs da AMD lançadas no mercado a partir de 2011, assim como a herdeira, Piledriver.
A Bulldozer tinha a proposta de trazer um número elevado de núcleos, mas essa característica, aliada ao design, fez com que os processadores tivessem um consumo de energia elevado. Além disso, a performance inconsistente e alta produção de calor também foram fatores negativos dos modelos.
Assim, uma CPU premium, como a FX 8320, que trazia oito núcleos e promessa de velocidades até 4 GHz, acabava consideravelmente inferior que um Intel Core i5 quad-core do mesmo período. O perfil energético dos Bulldozer acabou com a presença da AMD em notebooks por meia década, cenário que só começou a ser recuperado pela marca com os processadores Ryzen, mais recentes.
2. Intel Itanium
Revolucionário e ambicioso, o Itanium era a aposta da Intel para processadores de 64 bits de alta performance. O objetivo era introduzir a linha aos poucos para consumidores e, com o tempo, substituir os Pentium no começo dos anos 2000. Mas não funcionou, e a linha acabou encerrada sem grandes destaques, em 2017.
O principal defeito da linha estava na maneira com que as CPUs rodavam aplicações antigas. A performance para esse tipo de tarefa ficou abaixo do que acontecia com processadores anteriores, de 32 bits. Soma-se a esse problema o fato de que, em 2003, a AMD lançaria com grande sucesso processadores de 64 bits que trabalhavam com aplicações anteriores sem maiores dificuldades, tirando espaço dos Itanium.
Apesar de ver o projeto fracassar logo no começo, a Intel não abandonou completamente os processadores da linha, desenvolvidos em conjunto com a HP. Mesmo sem nunca ter levado os chips para PCs, a fabricante persistiu na fabricação de unidades voltadas para servidores de alta performance por mais de uma década. Os últimos modelos foram lançados no ano passado.
3. IBM PowerPC G5
Antes de usar componentes da Intel, a Apple apostava em uma parceria com a IBM, como na implantação dos processadores PowerPC nos seus computadores. Essa união acabou de forma um pouco tumultuada em 2006 e o grande culpado pode ser considerado o IBM PowerPC G5. A razão é simples e lembra o fiasco do AMD Bulldozer: com alto gasto de energia, a CPU da IBM esquentava muito para funcionar, a tal ponto que a Apple jamais lançaria notebooks com a plataforma.
Usados em iMacs, os G5 ganhariam fama por serem os primeiros com processamento de 64 bits em máquinas domésticas, mas também pelo altíssimo consumo e aquecimento: um computador com o chip podia chegar a um consumo 10 vezes maior em comparação com máquinas operando com os processadores da Intel equivalentes.
A dificuldade da IBM em competir com a Intel acabou motivando a decisão e, em 2006, Steve Jobs anunciaria os primeiros computadores da Apple equipados com CPUs Core 2 Duo e Core 2 Quad da Intel.
4. Pentium P3 1.13 GHz
Poucas semanas após seu lançamento, o Pentium P3 foi alvo de um recall promovido pela Intel, em 2000. A medida foi tomada porque os processadores eram muito instáveis e apresentavam dificuldades para chegar aos 1,13 GHz prometidos. Vale ressaltar que, na época, a competição com a AMD era forte pela busca da marca dos 1 GHz de velocidade.
Depois da situação, a AMD lançou o Athlon, de 1,1 GHz, e obteve sucesso com preços mais baixos e estabilidade o suficiente para operar em velocidades "mais altas". O Pentium seria substituído após algum tempo, mas a reputação da CPU já não era a mesma.
5. Cyrix Media GX
Ao longo da década de 1990, a Cyrix competia com Intel e AMD, e em 1998, o Media GX era a grande aposta da marca. O processador se destacava por integrar CPU e GPU em um mesmo pacote, algo comum hoje em chips de todos os tipos, porém revolucionário para a época.
No papel, a ideia era excelente e a perspectiva do Media GX revolucionária. Mas, na prática, o produto era cercado de grandes limitações. Uma delas pode ser considerada a CPU usada: o Cyrix 5x86 era equivalente a um 486 da Intel, lançado aproximadamente meia década antes. Além disso, poucas placas-mãe da época podiam funcionar com o processador da Cyrix.
Apesar do fracasso comercial, a plataforma foi pioneira ao apresentar um design presente hoje em diversos dispositivos, desde celulares e tablets até desktops e servidores.
6. Snapdragon 810
O processador da Qualcomm tem basicamente o mesmo perfil que o consumidor está acostumado quando se trata de uma CPU premium para celulares. São oito núcleos, com alta velocidade em quatro deles, e os outros destinados ao baixo consumo de energia.
O problema é que o design do 810 tinha alguns pontos de ineficiência e diversos aparelhos que traziam a CPU em 2015 acabaram entregando performance inferior, problemas sérios de superaquecimento e elevado consumo de energia. A Samsung, por exemplo, evitou completamente o 810 em seus produtos.
Um ano depois, a fabricante se recuperaria bem do fiasco, com os Snapdragon 820 e 821, que não apresentaram nenhum problema de temperatura e performance.
7. Cell Broadband Engine
Criado por Sony, IBM e Toshiba, o Cell se destacou por estar no interior do PlayStation 3. O chip não é necessariamente um grande fracasso, dado o relativo sucesso do console, mas ao menos pode ser considerado uma decepção. As fabricantes pretendiam usar o Cell em computadores, notebooks, televisores, servidores e tudo mais, acreditando que a tecnologia teria fôlego para revolucionar o mercado.
Combinando recursos para processamento gráfico avançados, mas falhando em tarefas genéricas, o Cell ainda é impressionante no papel. São 3,2 GHz e seus seis “Elementos de Processamento Sinergéticos”, algo semelhante aos “núcleos de processamento”.
No fim das contas, o design exótico e a alta complexidade para desenvolver aplicações e jogos para o Cell acabaram minando as grandes ambições do projeto e confinando seu uso exclusivo no PS3.
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