Fabricantes como Google, IBM e Intel estão trabalhando na produção de processadores quânticos, que são capazes de fazer cálculos milhões de vezes mais rápidos do que qualquer outra máquina já criada. Os computadores quânticos saíram da teoria e chegaram ao mundo real. Entre os exemplos estão o chip Bristlecone de 72 qubits e o rival Tangle Lake, de 49 qubits, de Google e Intel, respectivamente. A IBM também tem um projeto de máquina quântica experimental de 50 qubits.
Quando passarem ser usados em todo seu potencial, as implicações devem ser drásticas nos ramos de pesquisa, inteligência artificial, processamento de dados e segurança digital, além de novos campos que podem surgir com o tempo.
Apesar disso, é importante salientar: é pouco provável que um dia trocaremos nossos computadores atuais por sua versão quântica. Por mais empolgante que o processador quântico possa parecer, ele terá pouca utilidade em nossas atividades cotidianas, como assistir a um vídeo no YouTube ou rodar um jogo no Steam, por exemplo.
O que é processador quântico?
Antes de mais nada, é importante entender a diferença entre o processador quântico e o comum. Este último, que está dentro de todo computador, smartphone ou tablet, funciona processando bits, que são informações distribuídas em dois valores: 0 ou 1. Em outras palavras, toda atividade feita pelo computador, como postar uma
Já os computadores quânticos trabalham em qubits (ou quantum bits) que, em vez de alternarem entre esses dois valores, podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo — no que os físicos chamam de superposição. Seu valor é definido na mensuração, tal qual acontece na mecânica quântica. Isso significa, em teoria, que é possível fazer muito mais cálculos de uma única vez.
Para se ter ideia desse potencial, cada qubits a mais multiplica exponencialmente sua capacidade de processamento. Se 10 qubits podem representar 1.024 valores diferentes, com 15 qubits esse número salta para 32.768.
Para muitos pesquisadores, a chamada “supremacia quântica” — ou seja, o momento em que os computadores quânticos ultrapassarem a barreira física de processamento dos computadores tradicionais — ocorrerá quando mais de 50 qubits puderem operar em conjunto. Apesar das notícias mais recentes serem promissoras, ainda estamos longe dessa realidade.
Isso porque usar um computador quântico requer diversos cuidados. Diferente do processador comum, a natureza instável da partícula subatômica exige um ambiente livre de qualquer interferência externa. Em geral, os computadores quânticos operam em temperaturas baixíssimas — o da IBM fica estável a -273ºC — e em locais isolados onde nem ondas de rádio podem entrar.
O que isso muda?
Por esses e outros motivos que, repetimos, é pouco provável que um dia teremos um iPhone equipado com um processador quântico. Ainda há questões como o alto custo de produção e a dificuldade em programar em cima de uma arquitetura tão complexa como essa, além do fato de que o usuário comum pouco se beneficiaria da capacidade gigantesca de cálculo que ele proporcionaria.
Além disso, diferente do que se pensa, os computadores quânticos não devem aposentar os nossos PCs atuais. A ideia de muitos cientistas é que eles operem em conjunto, com cada plataforma trabalhando em problemas específicos de cada meio.
Mas isso não significa que os computadores quânticos não terão impacto em nossas vidas. Pelo contrário: a questão da criptografia já tem mexido com os ânimos de muitas pessoas. Chaves que antes demorariam bilhões de anos para serem quebradas poderão ser decodificadas em pouco tempo com os processadores quânticos. Por isso que, futuramente, será preciso criar novos códigos para garantir a segurança dos dados digitais.
Também espera-se que a inteligência artificial possa se beneficiar da maior capacidade de cálculos para criar ferramentas autônomas cada vez mais eficientes. Fora isso, pesquisadores poderão fazer simulações virtuais muito mais realistas e prever catástrofes climáticas, entender o funcionamento de novos remédios no corpo humano ou criar materiais usando a química quântica.
Alguns especialistas garantem que essa é só a ponta do iceberg e que há muitas novidades por vir e novos campos a se explorar. Por isso, tantas empresas e governos correm para tornar os computadores quânticos viáveis para o mundo. A revolução não será sentida nos nossos celulares, mas mudará tudo o que entendemos por computação.
Qual GPU é melhor para jogos atuais? Comente no Fórum do TechTudo
>>> Veja o artigo completo no TechTudo
Mais Artigos...
- Instagram Direct une mensagens com foto e vídeo que desaparecem em 24h
- Black Friday tem 1,1 mil reclamações a 12 horas do início do evento
- Confira as dicas para jogar Paragon no PS4 e PC
- Xiaomi deve lançar novo dongle para concorrer com Chromecast
- Como adicionar legenda, texto e créditos em vídeos no Filmora
- FIFA 18 estará de graça por tempo limitado, veja como baixar
- Conheça os aparelhos eletrônicos mais ‘chiques’ e caros do mundo
- Free Fire travando? Veja como melhorar o desempenho do jogo no celular
- CS:GO: bugs no jogo geram polêmicas em torneios; relembre casos
- Paredão falso BBB 21: como votar em Arthur, Caio, Carla Diaz ou João Luiz
- Candy Crush e Minecraft: os melhores jogos da semana para Windows Phone
- PES 2019: conheça os melhores jogadores do Brasileirão no game
- Cyberpunk 2077 e outros jogos são confirmados para o Google Stadia
- Como reinstalar o Windows 10 sem bloatware
- Como ocultar o n?mero de celular no app 99Taxis?
- Celular dual chip: dicas para gerenciar dois cartões SIM no Android
- Animal Crossing: Pocket Camp é novo game da Nintendo no iOS e Android
- CS:GO: FURIA vence North e está na final da ECS
- Semana de Batalhas de GTA Online é recheada de prêmios e descontos
- Alcatel A7 e A7 XL chegam com bateria de 4.000 mAh e dual camera na IFA