O Facebook revelou em um novo documento entregue ao Congresso dos Estados Unidos que compartilhou nos últimos anos dados de usuários com 52 empresas de tecnologia. O número foi divulgado entre as 700 páginas que a rede social enviou ao Comitê de Energia e Comércio norte-americano para responder às mais de 1.200 perguntas feitas sobre a privacidade e a segurança das informações.

Entre as empresas que receberam acesso aos dados por meio da parceria com o Facebook estão Apple, Amazon, Microsoft, Samsung, Qualcomm, Mozilla, Dell, LG, Nokia, Sony, Acer, HP, Opera e Yahoo. Além disso, fabricantes chinesas como Huawei, Lenovo, Oppo e Alcatel também teriam obtido permissão, preocupando ainda mais os investigadores americanos, já que algumas das marcas podem ter envolvimento com o governo chinês.

Facebook revelou parcerias de integração com grandes fabricantes de software e hardware (Foto: Gabrielle Lancellotti/TechTudo)

De acordo com o Facebook, o objetivo das parcerias com as fabricantes de softwares e hardwares, além de empresas de telefonia móvel e fabricantes de chips seria auxiliar na integração dos serviços em diferentes dispositivos, sistemas operacionais e produtos.

A cooperação também seria uma maneira de melhorar a experiência dos usuários, permitindo a criação de versões do app, construção de hubs para agregar mensagens ou a sincronização de dados para upload de foto e integração de contatos, por exemplo.

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Algumas das empresas devem ter a parceria mantida, como Apple e Amazon (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

Das 52 empresas, 38 já tiveram as parcerias encerradas, segundo a empresa de Mark Zuckerberg. Até o final do mês de julho, há previsão de finalizar o contrato de outras sete fabricantes. No entanto, algumas marcas devem manter o acordo com o Facebook. São elas: Tobii, Amazon e Apple.

A primeira é uma desenvolvedora de software de acessibilidade para pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA). O aplicativo permite que possam utilizar o Facebook por meio de um teclado ocular. Já a manutenção com a Amazon e a Apple não foi detalhada, sem especificar também o que as empresas fazem com os dados.

Outras três parcerias que devem ser mantidas envolvem a Mozilla, Opera e Alibaba. Para essas, a rede social explica que é uma forma das pessoas continuarem recebendo notificações em seus navegadores, mas sem que as empresas tenham acesso aos dados dos usuários.

Alguns navegadores também devem ter parceria mantida para notificações, mas sem acesso aos dados (Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo)

Este foi o segundo lote de respostas do Facebook enviado ao governo dos Estados Unidos. O primeiro teve 500 páginas e foi entregue no início de junho. Apesar de o arquivo conter grande quantidade de informações, algumas perguntas feitas à rede social não foram respondidas, como o número de usuários que leram políticas de termos de uso ou as demandas de agências de Imigração e Alfândega.

Uso de dados

A polêmica sobre o uso de informações de usuários do Facebook começou em março de 2018, quando foi revelado que dados de mais de 50 milhões de pessoas teriam sido vazados para a empresa de marketing Cambridge Analytica. O material, que traçou perfis psicológicos dos eleitores dos Estados Unidos, teria sido utilizado para propaganda política.

Via The Washington Post, TechCrunch e GizModo



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