Inicialmente, o modelo facilitava a forma de encontrar pessoas. Porém, conforme a aplicação foi ganhando novos usuários, maior foi ficando a combinação de dígitos e, assim, mais difícil de recordá-la. O número universal do ICQ deixou de ser gerado em 2010, mas quem ainda se recorda do seu, tem a opção de usá-lo na versão atual da aplicação.

No WhatsApp, o usuário pode inserir uma frase de 130 caracteres exibida abaixo do nome para informar o que se está fazendo ou passar uma mensagem – o recado. Esse recurso, no entanto, não é novidade. Ele já existia no ICQ de maneira mais elaborada e tinha o nome de “Status”. Além de informar a sua disponibilidade (ou seja, se estava online, ausente ou ocupado), era possível ainda incluir uma frase, que na maioria das vezes acabava sendo o trecho de uma canção.

No início dos anos 2000, o software ganhou um plugin do player Winamp e era possível exibir aos contatos, no lugar das frases, as músicas que estavam sendo ouvidas no PC naquele momento. E não foram poucos que usaram o recurso para mandar indiretas para o crush ou rival da época.

Atualmente, muitas pessoas procuram por uma maneira para ficar invisível no WhatsApp. Apesar de não existir de forma nativa no mensageiro, a função pode ser obtida por meio apps de terceiros.

O ICQ, por sua vez, contava um recurso próprio para não ser notado. Os usuários podiam, inclusive, optar por ficar sempre visível apenas para pessoas com quem realmente gostaria ou precisava conversar.

Em sua época de ouro, o ICQ tinha chats em grupo com um visual que remetia aos dos bate-papo IRC, no qual era possível ver o que os outros usuários digitavam em tempo real. Além disso, os participantes podiam enviar ações predefinidas e enviar sons, bem como escolher a cor do fundo, o tipo da fonte que seria usada na conversa, entre outras várias opções.

Os grupos do WhatsApp contam com uma interface bem diferente, e não é possível saber o que um amigo está digitando até que a mensagem seja enviada. Recentemente, as conversas em grupo ganharam uma série de novidades para aprimorar o controle de administradores, além de passar a permitir a criação de descrições.

Já nos idos anos 2000, o ICQ buscava ampliar as maneiras para os usuários se expressarem. Por isso, disponibilizava emojis (que, na época, eram chamados de smileys) para serem usados nas mensagens. Anos depois, o serviço lançou ainda o que poderia ser chamado de “pai dos GIFs”. Ao clicar sobre uma das opções, uma animação enorme ocupava a tela do usuário e da pessoa com quem ele conversava, o que rendia bons sustos.

Hoje, o WhatsApp permite o compartilhamento de GIFs e stickers (via Gboard) para personalizar suas conversas.

Uma das funções mais interessantes do WhatsApp é a possibilidade de compartilhar vídeos, fotos, documentos, links, entre outras opções, facilmente. Mas os saudosistas de plantão provavelmente se lembram que o velho ICQ também permitia enviar itens para os amigos. Dentre eles, arquivos, mensagens de voz, cartões comemorativos, páginas da web e até mesmo contatos.

A internet precária da época fazia com que a transferência de um simples texto do Word levasse muito tempo, mas a verdade é que ninguém ligava muito para isso (a não ser que a conexão caísse no meio). Além disso, com o programa, o usuário conseguia enviar um mesmo conteúdo para vários usuários de uma única vez, recurso também adotado pelo WhatsApp.

Desde a época do surgimento do ICQ, já é possível evitar os contatos indesejados. Brigou com um amigo ou viu que a paquera não ia dar em nada? Bastava enviar a pessoa para a “Ignored List”. Seria o mesmo que bloquear alguém no WhatsApp. Mas o programa para Windows tinha ainda outras opções de fuga como ficar invisível para todos ou selecionar indivíduos específicos que não pudessem ver o real status.

Vale lembrar que o ICQ ainda existe e conta com uma série de recursos para bater de frente com os principais mensageiros do mercado. Atualmente, está disponível em versões web e para Windows, MacOS, Linux, Android e iPhone (iOS).

Com informações: Apache, Geocities, Messenger ES e Tripod.