A SK Gaming conquistou, em julho de 2016, o título do Major ESL One Cologne, ao vencer os americanos da Team Liquid por dois mapas a um. O troféu foi o segundo de nível mundial da equipe, então composta por Gabriel “FalleN” Toledo, Fernando “fer” Alvarenga, Marcelo “coldzera” David, Epitácio “TACO” de Melo e Lincoln “fnx” Lau, que já havia ganhado o MLG Columbus 2016, em abril do mesmo ano. Para muitos, o bicampeonato mundial é o marco do início da era mais vitoriosa do Brasil no Counter-Strike.
O início do campeonato que rendeu aos brasileiros o montante de US$ 500 mil não foi fácil. Nas vésperas da competição, a equipe passou por uma troca de organização. O tradicional time alemão da SK Gaming entrou em acordo com os jogadores semanas antes do Major, o que fez com que Fallen e companhia deixassem a Luminosity Gaming. Como se não bastasse o desgaste pelos trâmites burocráticos, a sorte não favoreceu o Brasil no sorteio da fase de grupos, que contou com outras 15 equipes: Na'Vi, Astralis, Team Liquid, NiP, Fnatic, CLG, VP, Mousesports, FaZe, OG, Gambit, EnVyUs, Team Dignitas, F3 e G2.
O pote “amaldiçoado” encaminhou para o Grupo D, onde a SK ocupava o status de lenda, a Fnatic, até então detentora de oito títulos internacionais, a FaZe Clan, que chegava ao torneio como um time promissor dos países nórdicos, e a potência francesa G2 Esports. Desacreditados por muitos no então “grupo da morte”, os brasileiros não tiveram nenhuma dificuldade em se classificar: venceram a G2 por 16x11 e a FaZe por 16x6 .
A maior surpresa da chave de grupos, entretanto, viria do Grupo B. Pela primeira vez na história de um campeonato internacional, um dos times mais vitoriosos da franquia Counter-Strike foi desclassificado ainda na primeira fase. A Ninjas in Pyjamas perdeu o status de legend após derrotas para a Na’Vi e FlipSid3. Os suecos, comandados pelo lendário jogador Christopher “GeT_RiGhT” Alesund, foram despachados para casa.
O caminho para a glória
Após a fase de grupos, a estrada ainda era longa para o bicampeonato da SK Gaming. Jogando as quartas-de-final contra a FlipSid3, que vinha embalada por eliminar a NiP, os brasileiros venceram a primeira partida, na Mirage, com facilidade: 16x7. O time europeu, entretanto, não se intimidou e mostrou que não se classificou por um capricho do destino. No segundo mapa, disputado na Nuke, o jogo terminou empatado em 15x15 e seguiu para prorrogação. Em dia inspirado de fnx, que terminou com a pontuação agregada de 52/31, a SK garantiu a vitória por 19x17.
Na semifinal, a SK Gaming não imaginava que se tornaria protagonista de uma das séries mais dramáticas da história do Counter-Strike. Competindo contra os russos da Virtus Pro, a equipe brasileira saiu atrás ao perder o primeiro mapa por 19x17. Foi a vez de coldzera se agigantar e liderar o time na vitória do segundo mapa por 16x5, com o frag de 20/8. No desempate, FalleN e o próprio cold comandaram a equipe, com 22 kills para cada, concretizando a virada por 16x12. O Brasil estava mais uma vez em uma final de Major.
A final da ESL One Cologne, que aconteceu no dia 10 de julho de 2016, teve um desfecho feliz para a comunidade brasileira. Jogando contra os americanos da Team Liquid, que já haviam perdido por 2x0 da lineup, na MLG Columbus de 2016, a SK confirmou seu favoritismo: venceu com folga por 2x0, com parciais 16x7 e 16x6, faturando o bicampeonato mundial. Além disso, coldzera foi eleito o melhor jogador do campeonato. A equipe mostrava ao mundo, de forma definitiva, que a bandeira verde e amarela deveria ser temida no CS:GO.
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