NBA Live 18 é o mais novo título da tradicional franquia de basquete da Eletronic Arts que volta ao Xbox One e PlayStation 4 depois de um ano de hiato. Com novos modos, jogabilidade repaginada e melhorias nos gráficos, o game tenta mais uma vez bater de frente com NBA 2K, seu principal concorrente e líder absoluto do gênero. Mas será que o simulador da EA Sports faz o bastante para se igualar ao rival famoso? Confira a análise completa.
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De volta à ação
É difícil não desconfiar da série de basquete da EA, que vive momentos turbulentos desde o cancelamento de Live 11, 12 e 13. Engolido pelo premiado NBA 2K, o game ainda tentou um retorno com as versões NBA Live 14, 15 e 16, mas fez feio e passou o ano de 2017 sem um novo lançamento, com a promessa de um título mais completo e caprichado para 2018.
Com NBA Live 18, a EA mira em um recomeço para a série, com o foco voltado para o The One, novo modo de jogo no qual os jogadores podem criar um atleta próprio e avançar por sua carreira, com direito a disputas de partidas online e offline, sistema de progressão, centenas de itens de marcas famosas e arenas reais cuidadosamente recriadas.
Na onda dos modos campanha no estilo de The Journey de FIFA 17 e 18, The One é uma aposta interessante para o retorno de NBA Live, com a combinação entre as partidas e elementos do dia a dia do atleta, como negociação com patrocinadores e conflitos pessoais. O modo também quebra a monotonia dos jogos em estádios comuns e leva a ação para quadras de rua, onde é possível enfrentar jogadores consagrados em um clima mais descontraído, sem o uso de uniformes oficiais ou regras complexas.
Muito mais do que a sua campanha principal, o modo The One também permite que os jogadores exibam seus melhores itens e movimentos em partidas online, que garantem mais dinheiro, reputação e até mesmo roupas e calçados exclusivos, distribuídos em eventos especiais e temporários.
Erros e acertos
Um dos principais problemas nas últimas versões de NBA Live, a jogabilidade recebeu atenção especial da EA na versão de 2018, e, apesar de não estar perfeita, é claramente superior à vista nos títulos anteriores. Os comandos, desde os básicos até os mais avançados, estão mais intuitivos e responsivos, e resultam em partidas mais divertidas e equilibradas.
Mesmo com todos os ajustes, ainda é possível reparar problemas bastante incômodos, como erros grosseiros da inteligência artificial, bugs de movimentação dos atletas e inconsistência de comandos e animações, que acontecem com bastante frequência e podem atrapalhar muito a experiência do game.
Gráficos são um ponto polêmico da série desde do retorno de 2014, e continuam dividindo opiniões em Live 18. Apesar de quadras bem desenhadas, é difícil não reparar na falta de capricho na recriação de alguns atletas, que pouco se parecem com os jogadores reais. O fenômeno ocorre até mesmo com grandes estrelas da liga, que sofrem com proporções incorretas e movimentação bastante genérica.
As animações, muito importantes para a boa simulação e desempenho de jogos de basquete, também deixam a desejar em alguns momentos, e são capazes de quebrar completamente a imersão. Manuseio incorreto da bola, bandejas e enterradas esquisitas, jogadores deslizando e flutuando pelas quadras estão entre os problemas mais comuns, destoando dos movimentos novos e mais fluidos adicionados nessa versão, que em geral faz um bom trabalho em sua parte visual.
Para compensar os defeitos com os modelos dos jogadores e animações, a apresentação é impecável, desde seus menus até as cenas de entrada das partidas, introduções das arenas do modo The One e recriação do clima de jogos importantes. Nesse ponto, o game da EA faz bonito e pode ser comparado com o rival NBA 2K18.
Ultimate Team, WNBA e online problemático
O modo Ultimate Team, marca registrada dos jogos de esportes da EA, também aparece em NBA Live 18 como uma opção para os jogadores que buscam uma experiência online recheada. Apesar de interessante, a modalidade não é tão complexa e completa como visto em FIFA 18 e Madden 18, e se restringe a partidas multiplayer únicas (nada de rankings ou divisões) e uma série de desafios premiados com pacotes de cartas e jogadores.
As poucas alternativas de multiplayer online ainda sofrem com servidores um tanto instáveis capazes de causar atrasos bastante incômodos e até mesmo desconexões completas durante os jogos. Com tantos problemas, fica difícil executar até mesmo jogadas simples, como arremessos de três pontos e fintas, sem ser punido pelo lag intenso.
Fãs de longas campanhas solo offline têm o retorno do Franchise, uma espécie de modo carreira no qual é possível escolher uma das equipes da NBA e atuar como um manager, disputando partidas, contratando novos jogadores e cuidando de aspectos fora das quadras como escolhas de atletas no draft anual da liga, tratamento de lesões e escalação do time.
Amistosos online e offline com suporte para múltiplos jogadores, arena de treinamentos e disputas casuais 1x1 e 5x5 também estão no pacote. Um dos destaques fica para a possibilidade de disputar jogos com equipes da WNBA, liga de basquete feminino, que infelizmente só estão disponíveis para amistosos e ficam de fora de campeonatos e partidas online.
Os comentários ficam por conta da dupla Mike Breen e Jeff Van Gundy, famosos por transmissões na TV americana, que, junto dos bons efeitos sonoros, ajudam a dar o tom e emoção às partidas de NBA Live 18. Assim como a narração, os menus também estão completamente em inglês, sem uma versão localizada para o Brasil.
Conclusão
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