Desde que o processador Intel 4004 foi lançado, em 1971, até o surgimento das linhas Intel® Core™ i3, Core i5, Core i7 e Core i9, nos últimos anos, a evolução foi enorme – tanto em termos de velocidade de processamento, quanto na variedade de opções jamais vista que o consumidor experimenta hoje. Mas, afinal, você sabe qual é a diferença entre os processadores? Para compreender, é preciso ter em mente que, além da diferença entre as “famílias” de processadores há, ainda, distinções dentro delas mesmas, que, por sua vez, são denominadas gerações e também há diferenças entre modelos de uma mesma geração.
Nem todo Core i5 é igual! Aprenda a ler os detalhes
A coisa fica mais fácil de entender quando “deciframos” os números que constam na descrição dos notebooks e PCs. Tomando-se como exemplo computadores equipados com Intel® Core™ i5 6400 e i5 7400, sabemos que o primeiro vem com Core i5 de sexta geração e o segundo, igualmente com Core i5, porém de sétima geração. O mais novo é bem superior ao do seu “irmão” mais velho.
Agora, olhando para dentro da mesma geração, quanto mais alto o número do modelo, mais alto ele está na hierarquia. Por exemplo, um Core i5 4670 é melhor que um 4440.
Ainda existem sufixos que diferenciam variações de um mesmo modelo. O 7500U, por exemplo, é um Core i7 exclusivo para notebooks, conforme denuncia o “U”, que faz referência a “ultra low power”. Trata-se de uma CPU que consome pouca energia e esquenta menos, fatores que a tornam ideal para uso em notebooks e nos computadores 2 em 1. A ausência de sufixo denota uma ve
Veja, abaixo, mais detalhes das séries:
> T: variação com baixo consumo de energia, voltada para desktops comuns;
> S: meio-termo entre desempenho e consumo;
> E: versão otimizada para uso soldado em placas;
> H: destina-se a notebooks que precisam de maior capacidade de processamento, como os gamers;
> K: versão ideal para overclock (técnica empregada para acelerar o processador);
> R: versão com placa gráfica de melhor performance.
Além desses itens, que você deve ter em mente nas suas pesquisas de mercado, é melhor sempre se certificar de que o computador utiliza um processador Intel: basta verificar se o equipamento exibe o selo de qualidade Intel Inside. É bem fácil!
Processadores Core i3: servem bem às tarefas do dia a dia
Computadores e notebooks com Core i3 oferecem velocidades menores, consumo elétrico mais baixo e acesso a um conjunto de tecnologias mais restrito do que aqueles atrelados aos processadores mais caros, como os Core i5 e Core i7. Porém, de uma geração para outra, pode acontecer de as diferenças entre processadores serem pequenas, valendo a pena investir na versão mais antiga, do ponto de vista do custo-benefício – não por acaso, é comum encontrar PCs com Core i3 nas empresas, justamente porque servem bem às tarefas do dia a dia.
Limitados a dois núcleos (ou “cores”, em inglês) de processamento, os Core i3 levam vantagem sobre o Celeron e o Pentium porque são dotados de um recurso chamado Hyper Threading. Você pode compreender o termo “threads” como tarefas sendo realizadas pelo processador, como manter o antivírus rodando em segundo plano enquanto você assiste a um vídeo e ouve uma música. Essas tarefas são realizadas paralelamente, sem ocasionar travamento — claro, se você não rodar programas muito pesados ao mesmo tempo. Atualmente, estamos na sétima geração dessas CPUs.
Família Core i5: para usuários mais exigentes e gamers
Os Core i5 ocupam uma posição intermediária na série de processadores da Intel. O típico Core i5 conta com quatro núcleos e conta com recursos como o Turbo Boost, que aumenta a frequência de operação dos núcleos. Além disso, esses processadores tendem a ser mais rápidos e até figuram em linhas especiais, voltadas a entusiastas e gamers. Na sétima geração, a Intel oferece 17 Core i5 diferentes, entre versões para notebooks e desktops.
Core i7: projetados para alto desempenho
Os Core i7 foram desenvolvidos tanto para consumidores domésticos que buscam alto desempenho, quanto para profissionais que rodam programas CAD e editores de vídeo. Essas CPUs contam com um mínimo de quatro núcleos, embora existam versões com seis, oito e até dez “cores”. E, ainda, aliam recursos como o Turbo Boost e Hyper Threading. Não são apenas mais rápidos como, também, mais caros, porque agregam as tecnologias mais avançadas da marca e oferecem sempre o melhor desempenho possível para notebooks e desktops a cada geração — na sétima, são 13 Core i7 diferentes.
Core i9: rodam programas pesados ao mesmo tempo
Ao contrário dos demais, os Core i9 são uma aposta da Intel para consumidores que exigem altíssimo desempenho — pertencem à linha Extreme. Nesse sentido, os processadores se destacam pela alta velocidade de processamento, aliada a uma grande quantidade de núcleos (10, 12, 14, 16 e 18 “cores”). Esses CPUs são capazes de rodar programas pesados simultaneamente, ao gosto de um criador de conteúdos multimídia ou mesmo de um gamer profissional.
Um pouco da história
Para se ter uma ideia, o 4004 – primeiro processador da Intel e que tornaria a fabricação desse componente em larga escala uma realidade – trabalhava com velocidades na casa dos 0,7 MHz. O chip tinha uma arquitetura de 10 microns, gigante para os 14 nanômetros dos processadores atuais. Já o modelo 8008, lançado em 1972, rodava com velocidades acima disso. Mas, ainda assim, contava com 3.500 transistores, enquanto, para efeito de comparação, o Pentium 4, que viria décadas mais tarde, tinha 42 milhões. E um processador Core i7 da Intel passa fácil da casa dos 1,7 bilhão de transistores.
Lembra-se dos computadores 386 e 486, que fizeram sucesso nos anos 1990? Tais números faziam referência, na verdade, à nomenclatura que a Intel dava às suas CPUs, Começou com o 8086, lançado em 1978 e que foi escolhido pela IBM para montar o primeiro PC.
Desde 2008, a Intel passou a batizar suas linhas de processadores de i3, i5, i7 e i9 com diferenças de performance e preço, das mais econômicas às top de linha.
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