A Dell é uma das fabricantes que vende computadores novos com o Ubuntu instalado. Para comparar: um Inspiron 14 5000 com i3 e 4 GB de RAM, sai por R$ 2.019 na loja oficial da marca. A mesma máquina, com Ubuntu, fica por R$ 1.869.

No comércio, a diferença tende a ser até maior. O Inspiron 15 7000 top de linha, com i7, 16 GB de RAM e SSD de 128 GB, fica em R$ 4.000 com o Linux, mas pode passar dos R$ 4.500 com o Windows 10 à bordo.

O fator do aprendizado

Usar o Linux envolve mudanças de alguns hábitos e, em virtude das especificidades desses sistemas, vai exigir um pouco de curiosidade, paciência e disposição para pesquisar como resolver alguns tipos de problemas que podem ser de solução trivial em outros sistemas.

Isso significa que usar qualquer Linux acaba permitindo que você aprenda mais sobre o computador, sobre como ele funciona e acaba forçando você a desenvolver habilidades extras, especialmente envolvendo o temido Terminal e as linhas de comando.

Se você gosta de aprender, tem facilidade com computadores e se interessa por coisas novas, quebrar o hábito e usar o Linux pode até ser divertido.

Privacidade

Livre, o Linux permite que você redefina completamente o comportamento do sistema e tenha um controle bastante preciso a respeito dos seus dados e privacidade, elementos que são vistos por muitos como os pontos mais fracos de plataformas como o Windows. O Linux oferece até mesmo distribuições completamente criadas para garantir a privacidade do usuário.

Falta de aplicativos

Embora, a princípio, apps populares possuam versões para Linux, ou ao menos existam bons equivalentes, há chance de que ferramentas que você está acostumado a usar no Windows ou macOS inexistam no mundo Linux.

Existem formas de rodar apps do Windows no Linux via Wine, por exemplo, mas o método está longe de ser ideal e pode ser complexo para usuários casuais.

Complexidade pode intimidar

Um problema do Linux está no fato de que sistemas desse tipo falham na tarefa de serem amigáveis a usuários comuns. A dependência excessiva das linhas de comando e Terminal, terminologia e até mesmo a própria comunidade podem representar fatores de grande dificuldade para quem não tem tanta desenvoltura com computadores e resolve experimentar o sistema operacional livre pela primeira vez.

Suporte de hardware é escasso

Ao contrário do Windows, que inevitavelmente possui drivers de boa performance para o hardware que você possui, o Linux depende da boa vontade de fabricantes e até de usuários comuns para que componentes tenham suporte via drivers no sistema. Essa realidade é responsável por desempenho inferior, problemas gerais de performance, travamentos e incompatibilidades que podem até mesmo ser incontornáveis em alguns casos.

Entretanto, na compra de um sistema com Linux pré-instalado, o consumidor deve ter um pouco mais de segurança, já que assume-se que o fabricante providencia suporte e drivers corretos para cada componente funcionar no sistema. O problema pode se manifestar com a instalação de outros componentes, como num upgrade futuro, ou na tentativa de uma distribuição Linux diferente da original.

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