O Fortnite é um jogo cooperativo de tiro em terceira pessoa com foco em exploração e coleta de recursos. Publicado pela Epic Games e disponível para PS4, Xbox One e PC, o título mistura elementos de construção herdados de Minecraft, aspectos do gênero sobrevivência e um visual cartunesco. Confira as impressões do TechTudo:

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Revelado em 2011, Fortnite finalmente foi liberado ao público em seu acesso antecipado a quem adquirir uma das quatro versões de pacotes de fundador nas lojas digitais. No entanto, o game passará a ser gratuito em algum momento de 2018, ou seja, quando sair da fase de testes e for lançado em caráter oficial.

Fortnite: confira a análise do jogo de ação e sobrevivência (Foto: Divulgação/Epic Games)

A sensação de já ter visto a fórmula de Fortnite em dezenas de outros títulos é inevitável. Isso porque ele traz elementos de jogos conhecidos, como o sistema de coleta de recursos e criação de itens de Minecraft, além da proposta de defender abrigos à la Orcs Must Die.

A premissa é simples e direta: o mundo foi assolado por uma misteriosa tempestade e 98% da população mundial sumiu de forma inexplicável. A partir daí, você e mais três amigos devem construir bases e fortalezas para sobreviver a hordas e mais hordas de zumbis trazidos pela tempestade.

A campanha é dividida em missões cronometradas - seja por um contador numérico ou pelo ciclo de dia e noite -, com objetivos pontuais e deve ser jogada ao lado de outros jogadores o tempo todo. O foco do game é, de fato, o modo cooperativo, então você sempre estará ao lado de amigos ou desconhecidos.

Fortnite: o objetivo é construir fortalezas e sobreviver a hordas de zumbis (Foto: Reprodução/Victor Teixeira)

O personagem estará sozinho somente durante a etapa de tutoriais, mas há uma grande chance de entrar desacompanhado em missões, visto que o matchmaking, às vezes, não direciona você a outras equipes - e nem coloca outros usuários na mesma partida que você. Aliás, ao menos no período inicial do acesso antecipado, os servidores deixam a desejar e oscilam muito.

Heróis, cartas, bases e camadas de complexidade

Por ser uma tendência da indústria, Fortnite também segue o esquema de seleção de heróis com habilidades distintas. Os personagens podem ser desbloqueados por meio de pacotes, conforme o jogador acumula dinheiro, ou ao concluir missões específicas da história.

Fortnite: sistema de cartas e itens lembra jogos de celular (Foto: Reprodução/Victor Teixeira)

Há, por exemplo, heróis voltados às habilidades de construção e coleta de recursos, enquanto outros são focados em combate corpo a corpo, disparos de longa distância e construção de armadilhas. Além disso, existe uma imensa - e complexa - árvore de habilidades que oferece centenas de aprimoramentos em todos aspectos para as quatro classes iniciais.

Embora aparente ser um jogo fácil à primeira vista, Fortnite eleva o nível de complexidade e, aos poucos, tenta introduzir uma série de funcionalidades que não estavam acessíveis aos olhos. O problema, no entanto, é que não há explicações aprofundadas sobre certos recursos, o que chega a atrapalhar um pouco a experiência por conta das diversas abas dos menus.

É comum

... se sentir perdido em pequenos detalhes mesmo depois de investir boas horas na aventura. Por exemplo, o sistema de cartas desbloqueáveis, que traz heróis, projetos de armas, armadilhas e aliados em pacotes, é bastante profundo, mas não recebe a devida atenção durante sessões explicativas.
Fortnite: há muitos indicadores nos menus que podem confundir os jogadores (Foto: Reprodução/Victor Teixeira)

Combate eficiente

Se o título deixa a desejar nos menus e explicações, o mesmo não pode ser dito da interação. Fortnite é sólido ao extremo, um jogo de tiro em terceira pessoa dinâmico, com controles precisos e acessíveis. Seja no combate corpo a corpo manipulando espadas e machados ou no tiroteio com escopetas e metralhadoras, o gameplay é incrível e em poucos minutos é possível dominá-lo.

O sistema de coleta de recursos também merece destaque, afinal, os cenários são abertos para exploração e totalmente destrutíveis. Sim, você pode destruir o mapa por completo para conseguir madeira, metal e outras materiais essenciais na criação de itens.

Já os sistemas de confecção e gerenciamento de recursos ficam um pouco mais complexos do que o normal ao usar um joystick, tanto no PS4 como no Xbox One, mas é uma questão de adaptação. Por ter menos botões à disposição do usuário, é natural que jogar no controle não proporcione a experiência imersiva do teclado e mouse.

Fortnite: sistema de criação e gerenciamento de itens é complexo e robusto (Foto: Reprodução/Victor Teixeira)

Animação jogável

Um dos grandes atrativos de Fortnite é seu visual cartunesco que parece ter saído de uma animação da Pixar. Projetada com a Unreal Engine 4, a parte gráfica é extremamente competente em todos os sentidos e combina perfeitamente com a proposta.

Os cenários estão bem construídos, o nível de detalhes dos objetos é acima da média e a modelagem de personagens é capaz de fazer inveja a qualquer estúdio de animação de cinema. Para completar, a variedade de objetos coletáveis é grande, o que torna o jogo pouco repetitivo mesmo mantendo a dinâmica a cada nova missão desbloqueada.

Como de praxe, alguns bugs visuais, como objetos que desaparecem e personagens presos em pontos do ambiente, estão presentes aqui e ali. Por ter entrado em seu acesso antecipado, é comum que erros do tipo apareçam. Geralmente, esses problemas técnicos são solucionados por meio de atualizações poucos dias depois do lançamento.

Fortnite traz visual caprichado e parece uma animação jogável (Foto: Reprodução/Victor Teixeira)

Conclusão

Com ação frenética em terceira pessoa, visual caricato e um toque de estratégia, Fortnite proporciona uma experiência cooperativa incrivelmente divertida. Mesmo sendo um pouco genérico e excessivamente complexo em certas partes, é um ótimo jogo para se juntar aos amigos, dar boas risadas e exterminar dezenas de zumbis.

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