Uma pesquisa realizada no Reino Unido descobriu que o Instagram é a rede social onde mais ocorrem casos de cyberbullying. O estudo foi realizado pela ONG Ditch the Label, que entrevistou mais de 10 mil jovens com idades entre 12 e 20 anos, e analisou questões como cyberbullying, abuso, comportamentos on-line e dependência de redes sociais. Os resultados mostram uma migração deste tipo de atividade, já que casos de bullying e assédio virtual eram mais comuns no Facebook.
A coleta de dados foi feita no período entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017. A edição deste ano, por sua vez, é a primeira a fazer perguntas específicas sobre cyberbullying, concluindo que 17% dos entrevistados foram alvos da prática, inadequada e desencorajada pelas plataformas — que usam botões de denúncia.
O bullying e o assédio online podem ser definidos como uma violência praticada contra alguém por meio da Internet ou de outras tecnologias relacionadas.
Como identificar
Os tipos de conduta negativa mais comuns são receber uma mensagem privada abusiva (68%), descobrir rumores publicados sobre si mesmo online (41%) e ter um comentário ruim publicado em seu perfil (39%). Dos entrevistados que alegaram ter sofrido bullying, 43% apontam que o evento não ocorreu no último ano.
É importante lembrar que o Instagram conta com o recurso para bloquear comentários ofensivos ou spam, tanto das publicações como no Stories.
Instagram li
Os resultados também demonstram que o Instagram é uma das redes sociais mais usadas, com 7.815 (78%) dos jovens declarando que possuem uma conta na plataforma de fotos. O total de entrevistados que apontaram sofrer assédio é de 4.208, o que equivale a 42% do total ou 53% dos usuários entrevistados.
O Instagram, em nota, afirmou estar ciente do problema. ''Nós sabemos que comentários feitos por outras pessoas podem ter um grande impacto e é por isso que nós temos investido pesado em novas tecnologias para tornar o Instagram um local seguro'', disse a chefe de políticas da plataforma, Michelle Napchan.
Já o Facebook é usado por 6.012 (60%) dos entrevistados, dos quais 3.707 apontaram serem vítimas de bullying. Este número equivale a 37% do total de entrevistados e 61% dos que usam o serviço. Já a plataforma que apresentou menos incidências foi o YouTube, com 9.318 usuários (93%) e apenas 1.002 (10% do total e 10,7% dos usuários) declararam terem sido alvos de bullying e assédio.
Sobre a pesquisa
O estudo da Ditch the Label é feito todos os anos, mas o relatório de 2017 é o primeiro a pesquisar especificamente sobre cyberbullying. Os resultados da ONG apontam um aumento do número global de casos. Em 2016, o relatório entrevistou 8.850 pessoas e 4.425 (50%) delas admitiram ter sofrido com bullying e assédio virtual em algum ponto de suas vidas nas redes sociais. Este número saltou para 54% (o que equivale a 5.413 pessoas) no relatório feito em 2017.
Via Ditch the Label e Mashable
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