A Google Play Store manteve à disposição dos donos de celular com Android pelo menos oito aplicativos infectados com vírus, de acordo com a empresa de segurança PSafe, em um relatatório divulgado em primeira mão pelo TechTudo. Segundo a companhia, mais de 120 internautas pelo mundo ficaram à mercê das ameaças digitais. Quando a contaminação acontece, o vírus abre o smartphone para que hackers acessem informações de maneira silenciosa.
Os especialistas em segurança da empresa identificaram o malware nos seguintes apps: Call Recorder, HDR Wallpapers, Girls HD, Girls Collection, Wallpapers HD+, SmartRingtones Lite, Light Booster Cleaner e QR Reader & Generator. Após o alerta, três dos programas listados já foram removidos da loja.
A reportagem entrou em contato com o Google Brasil. Este texto será atualizado caso a empresa se manifeste.
Apps da Google Play Store podem ter infectado mais de 120 mil usuários no Brasil (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
Segundo a PSafe, o vírus se instala de forma silenciosa após o download do aplicativo no celular, aguardando até que o telefone seja reiniciado para ativar um código malicioso. “Esse comportamento de aguardar ações especificas do celular é comumente utilizado por malwares para evitar sua identificação por ferramentas de segurança” explicou o gerente de segurança Emilio Simoni em nota.
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Após encontrar uma rede Wi-Fi, o malware verifica se ainda precisa de mais permissões do usuário e se conecta a um servidor externo para receber comandos. Ele passa, então, a enviar informações do celular, como o modelo do aparelho e a operadora de telefonia.
Ao final do processo, cibercriminosos podem ter acesso aos dados de chamadas telefônicas, mensagens SMS, aplicativos instalados e até mesmo fotos pessoais.
Ainda segundo Simoni, há evidências de que todos os aplicativos foram criados por uma mesma organização. Ele informou que três apps já foram apagados da Google Play Store.
A recomendação para fugir desse tipo de situação é estar atento às permissões concedidas à qualquer aplicativo no smartphone, sejam eles baixados de uma loja oficial ou não. Um aplicativo para download de papeis de parede, por exemplo, normalmente não precisaria de uma permissão para acessar a agenda de contatos. A PSafe recomenda que o usuário não aceite solicitações que lhe pareçam excessivas para o funcionamento do software recém-baixado.
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