Superman, Batman, Mulher-Maravilha e outros personagens estão de volta em Injustice 2. O game de luta do NetheRealm Studios para PS4 e Xbox One trata novamente do universo alternativo, onde o Homem de Aço se tornou um ditador, após ver sua mulher, Lois Lane, ser morta de forma inesperada. Agora há uma nova ameaça que paira sobre o Universo DC, e só há uma forma de descobrir. Confira o nosso review completo:
Conheça os personagens inéditos do game Injustice 2
Brainiac chegou
O Superman foi o principal vilão de Injustice: Gods Among Us, mas, nesta sequência, temos a chegada de Brainiac. Ele é um robô alienígena que tem a capacidade de controlar máquinas e que coleciona cidades em sua nave, tornando-as miniaturas, junto com seus habitantes. Aqui temos as sequências dos fatos do primeiro game, mas com esta nova dinâmica.
Enquanto o Superman continua preso e o Batman reconstrói o mundo quase que devastado, graças à tirania do Homem de Aço, Brainiac se aproxima da Terra, pronto para dominar suas cidades e destruir quem estiver pelo caminho. Para isso, o vilão se alia a alguns criminosos terráqueos, como Capitão Frio, Mulher-Leopardo, Hera Venenosa e Gorila Grodd, para que lhe ajudem no processo de invasão.
É claro que, nesse meio tempo, o que sobrou da Liga da Justiça tenta conter o caos e a suposta invasão, mas acaba subjugada quando Brainiac chega, o que obriga Batman a repensar sua relação com o Superman – que agora pode ser um poderoso aliado contra a invasão alienígena sem precedentes.
A história de Injustice 2 é um pouco decepcionante, no sentido de que se cimenta em clichês e não tenta sair do básico. Tudo o que acontece é esperado e os jogadores não passam por nenhuma surpresa de verdade. Além disso, não daremos spoilers, mas ela termina de forma nada empolgante também, mesmo nos dois finais possíveis.
Não há também muito sentido nas decisões dos heróis e vilões que participam do enredo. Quando menos se espera, eles estão se estapeando com apenas meias palavras trocadas – até mesmo vilões que eram aliados entre si. O que tem de mais inesperado, o jogo só reserva alguns segundos para as situações.
Além disso, a história não justifica a entrada de alguns personagens no elenco, como o Coringa, que protagoniza uma das cenas mais gratuitas do enredo, e nunca mais aparece, por exemplo. Fica o sentimento de que alguns lutadores sirvam apenas para marketing de filmes e seriados, dando aquela impressão de que um espaço foi desperdiçado.
Elenco duvidoso
Como citamos mais acima, o elenco de Injustice 2 não agrada tanto quanto o do primeiro game. Há personagens que mal aparecem na história e estão disponíveis para os outros modos. Além disso, temos uma enxurrada de personagens do universo do Batman, incluindo heróis e vilões, o que também nos soa como um desperdício.
É sempre bom termos personagens famosos, como Bane, Hera Venenosa, Espantalho, Robin ou o próprio Batman. Ma
Assim, ficamos também sem boas adições do primeiro Injustice nesta versão. Lutadores como Sinestro e Lex Luthor nem dão as caras. Nem mesmo no modo de história. Apesar de eles terem recebido um destino nos quadrinhos que adaptaram o game, fica aquele sentimento de confusão, já que a história de Injustice 2 quase que ignora a adaptação oficial em quadrinhos do anterior.
Fica a nossa critica para o elenco e também a esperança de que melhorem a situação, via personagens lançados em download. Além disso, vale lembrar que ao menos temos inclusões inéditas e importantes, como Supergirl, Nuclear, Besouro Azul e Monstro do Pântano. Sem falar no próprio Brainiac. Então o elenco não é de todo o ruim.
O super poder especial da jogabilidade
Mas se Injustice 2 peca na história e em seu elenco, ele brilha na jogabilidade, que é mais ou menos a mesma que vimos no primeiro game, mas com boas adições. Os personagens que retornam possuem golpes parecidos e formas de se jogar bem similares. Os comandos continuam os mesmos: golpes fracos, médios e fortes, além de um botão que ativa o poder único, que varia de um para outro personagem.
A jogabilidade está realmente muito boa e equilibrada. Os jogadores novatos podem pegar no controle e se sentir “em casa”, já que o game é muito amigável para quem está começando. Assim como foi no primeiro Injustice e também na série Mortal Kombat, nos exemplos mais recentes lançados.
Há, claro, formas de evoluir isso, com muito mais combos, movimentos especiais e formas de surpreender inimigos em partidas oficiais e torneios, mas reservados a quem realmente sabe e pretende explorar a fraqueza dos inimigos frente a isso.
Vale lembrar que Injustice 2 conta ainda com o sistema de equipamentos, que modifica seus personagens de forma fixa a cada nova parte de armadura instalada. Desta forma, você pode ter heróis e vilões únicos, com combinações que nenhum outro jogador terá. O que pode ser uma faca de dois gumes, pois pode atrapalhar o equilíbrio no modo multiplayer, mas tudo é feito de forma bem trabalhada.
Os equipamentos são obtidos após cada nível de personagem avançado, ou por meio das caixas maternas abertas. É isso mesmo: Injustice 2 agora possui um sistema similar ao de Overwatch e outros jogos do tipo. O usuário recebe caixas como recompensas de seus atos ou ao cumprir objetivos na história e em outros modos, e assim obtém itens, que variam em raridade. Esta não é a única forma de conseguir, porém, e por isso deixamos alguns segredos para que você descubra por si.
É de se destacar ainda que Injustice 2 tenha esse tipo de sistema de equipamento por um simples motivo: ele melhora as chamadas “skins” de personagens, que alteram o visual de cada um. Ainda é possível fazer isso da forma tradicional, mas, agora, temos uma variedade maior e muito mais liberta de outras possíveis limitações.
Viajando pelo Multiverso
Além do modo história, temos mais conteúdo relevante para quem é fã e pretende explorar o máximo de seu jogo: o óbvio modo online, um sistema de guildas/clãs para unir grupos de jogadores e um de seus maiores acertos: o Multiverso.
O Multiverso serve para quem terminou a história, mas quer continuar concluindo objetivos offline, sem ter que encarar outros jogadores no modo multiplayer. Aqui você recebe desafios diários, que mudam sempre com o tempo, e luta contra versões variadas dos outros personagens, sempre com objetivos modificados ou mudanças na própria luta.
O Multiverso se destaca, pois ele permite a evolução rápida dos personagens, bem como a abertura de mais caixas maternas, com itens adicionais e ainda mais raros. É nele que vemos como Injustice 2 modificou bem o conceito de “Torres” de Mortal Kombat, além da antiga Krypta vista nos jogos da NetherRealm.
Podemos dizer que é bem divertido participar do Multiverso, dado a variedade de objetivos e também o visual dos inimigos que encontramos por lá. Além disso, é no Multiverso que você tem a oportunidade de jogar com Darkseid, um dos personagens vendidos por DLC, sem necessariamente comprá-lo.
Visual justo
Injustice 2 se destaca bastante na parte gráfica, mas há espaço para críticas. Os personagens, por um lado, estão muito caprichados e com visuais bem trabalhados. O principal elogio fica por conta das expressões faciais de cada um, extremamente realistas, a ponto de causar estranheza em quem joga e acompanha a história.
Já os cenários estão pouco inspirados e sem muita variedade. Enquanto no primeiro Injustice tínhamos fases e cenários de luta com diversas referências aos quadrinhos e outros personagens, neste temos cenários vazios, com poucos elementos de fundo e quase sem personagens extras em relação à história principal.
Cabe apontar ainda que Injustice 2 carrega um excelente trabalho de dublagem em português. A maior diferença em relação ao primeiro é o retorno de Márcio Seixas como Batman. O dublador ficou marcado por dar voz ao personagem durante anos, mas principalmente no desenho animado que fez fama nos anos 90, Batman Animated Series, e não havia participado no primeiro game da série.
Conclusão
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