Atualmente, as TVs novas possuem um diferencial básico entre as configurações e especificações técnicas que classificam a qualidade do aparelho: ou o televisor é Smart, ou é comum. De um lado, TVs que possuem sistemas operacionais avançados, acessos a aplicativos e uma série de serviços da Internet. Do outro, modelos mais simples e que não se conectam à rede. Mas, além dessas diferenças, o que há de decisivo a favor das TVs que não são Smart?
Veja pontos importantes e tire suas dúvidas sobre a TV 4K no Brasil
Abaixo, confira os prós e contras de uma TV comum, sem acesso direto a Internet, e descubra se comprar ou usar um televisor sem ser Smart ainda vale a pena. Confira detalhes como qualidade de imagem, tela, suporte a dongles e, principalmente, preço.
O que você abre mão
Quando dizemos que uma TV é Smart nos referimos, principalmente, ao fato de que o aparelho pode ser conectado à Internet, tendo acesso a aplicativos, jogos e conteúdo distribuído via streaming a partir da rede.
Uma Smart TV costuma funcionar dentro de uma plataforma fechada desenvolvida pelo fabricante. As TVs da Samsung, por exemplo, rodam o sistema da marca, enquanto que as da LG usam uma plataforma exclusiva e assim por diante. Exceções nesse sentido são Sony e Philips, que usam o Android TV, sistema do Google para televisores e que tem como destaque acesso a aplicativos e jogos do Android dos celulares.
Já em uma TV convencional, não há nada disso: o aparelho não acessa a Internet e o sistema operacional, rudimentar, é feito apenas para gerenciar as funções do aparelho, como sintonização de canais, controle de volume, conexão com outros aparelhos via portas de saída e entrada e etc. Mas apenas observe que isso não quer dizer que são televisores inferiores em qualidade de som e imagem, e sim que são aparelhos com abordagem e experiência de uso mais simples.
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Qualidade de imagem, som e conectividade
Em relação à qualidade de imagem, não há nada que faça uma Smart TV oferecer uma tela de melhor qualidade simplesmente porque ela é Smart. A qualidade de aparelhos sem conectividade com a Internet será sempre equiparável aos aparelhos mais caros, desde que você esteja comparando tecnologias similares: uma TV com painel IPS de 32 polegadas e Full HD terá a mesma qualidade de uma Smart do mesmo tamanho, tipo de tela e resolução.
É claro que se você comparar a qualidade de imagem de um televisor de 32 polegadas não Smart com uma Smart TV de R$ 80 mil reais, resolução 4K, painel com pontos quânticos e tudo mais, a TV de entrada perderá de lavada.
As Smart TVs podem tirar proveito de ajustes mais precisos e recursos de configuração da qualidade de imagem e som que você, eventualmente, não encontraria na TV comum. Mas, a rigor, essas configurações avançadas não vão deixar um aparelho anos-luz à frente do outro em termos de qualidade de áudio e vídeo.
Sobre conectividade, deixando de lado o fator evidente que a TV sem ser Smart em geral não acessa à Internet, é possível ver o mesmo grau de equilíbrio em termos de portas de entrada e saída.
Se você está no mercado por um novo televisor, aliás, quer o aparelho seja Smart ou não, sempre procure aparelhos de TV com a maior quantidade possível de portas HDMI e USB. O HDMI vai permitir deixar sua TV inteligente se você quiser (ou se ela já for Smart, vai te proporcionar uma porta de saída para experimentar outras plataformas), e a entrada USB garante que poderá baixar vídeos da Internet para reproduzir no seu aparelho.
Telas menores
Há um movimento no mercado que vem se consolidando nos últimos anos que aponta para a extinção dos televisores que não são Smart. Hoje, um aparelho de tela grande e alta tecnologia muito provavelmente será inteligente, já que os fabricantes estão privilegiando esse tipo de aparelho em suas linhas.
Pense nessa situação como aquela que basicamente dizimou os celulares que não são smart: eles ainda existem, são bem baratinhos, mas não são mais tão fáceis de encontrar. O resultado disso nas TVs é que aparelhos não inteligentes acabam sendo voltados para um nicho de mercado mais específico: quem procura um televisor digital barato, de tela menor, para ser um aparelho secundário na casa, do tipo que fica em um quarto, na copa ou na cozinha.
É por isso que ao considerar um televisor sem ser Smart você terá dificuldades em encontrar opções com tela maior do que 43 polegadas. Há exceções, claro, mas uma pesquisa nas principais lojas para ter ideia de opções e de preços vai consumir bastante tempo, já que há pouca oferta. Entre as marcas mais famosas, LG, Panasonic, AOC, Semp Toshiba e Philips contam com linhas mais completas de TVs sem Internet.
Preço de TV comum pode compensar
Por não oferecer conectividade com a Internet e acesso às plataformas na rede é comum que televisores sem o termo “Smart” sejam mais baratos que modelos similares, com as mesmas dimensões de tela.
Como comparação, podemos mencionar a LG 32LH515B, com 32 polegadas, e que pode ser encontrada por R$ 1.199 no mercado brasileiro. Uma TV da mesma marca, mesmo tamanho de tela, mas Smart, sai por R$ 1.300. Em um comparativo que examina TVs maiores, de 43 polegadas, a diferença cresce e pode passar dos R$ 400.
Essa é uma amostra de economia de apenas R$ 200 porque comparamos dois produtos da mesma marca, mas é possível encontrar diferenças ainda maiores se você estiver disposto a comparar fabricantes diferentes. A AOC, por exemplo, dispõe de produtos no mercado nacional na faixa das 32 polegadas e que saem por R$ 1.000.
Você pode tornar sua TV Smart quando quiser
Supondo que nada desanimou você, que a falta de acesso à Internet e às plataformas dos fabricantes, que o risco de comprar uma TV comum com menos portas não tenha preocupado e que as telas menores não sejam um problema, você pode comemorar o fato de que não apenas o preço é um atrativo para os televisores mais simples, mas também a possibilidade de converter o aparelho em uma Smart TV.
Há alguns jeitos de fazer isso: o mais simples, mas não tão eficiente, consiste em conectar seu computador à TV. Mas, a melhor opção, é investir um pouco em dongles, como o Chromecast e seus rivais: o aparelho acessa à Internet, pode ser conectado ao seu smartphone para ter acesso a vídeos, aplicativos, Netflix, YouTube e jogos: todos os pontos fortes da parte inteligente das TVs mais caras.
Conclusão
Comprar uma TV mais simples para depois ter que investir no Chromecast e em outros dispositivos do gênero pode ser interessante, já que o preço não assusta. O acessório do Google, por exemplo, pode ser encontrado no Brasil por R$ 160, tornando a proposta de adquirir um televisor não Smart mais atraente ao bolso.
Se o Chromecast não é exatamente sua praia, há opções similares no mercado, que também usam Android e oferecem as mesmas funcionalidades inteligentes por preços que saem dos R$ 120 e podem chegar a R$ 400 para as caixinhas mais completas. Há também a Apple TV, para quem gosta dos aparelhos da fabricante do iPhone.
Mas isso tudo só faz sentido se você souber muito bem do que está abrindo mão ao não comprar a Smart TV: telas menores, configurações e ajustes de som e imagem mais simples e risco de escassez de portas HDMI e USB são uma realidade para quem opta pelas TVs comuns.
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