O Moto Z foi anunciado pela Lenovo (dona da Motorola) no início do mês, em um evento nos Estados Unidos. Ele chama a atenção pelo design modular que permite adicionar acessórios à parte traseira, como se fossem baterias reservas acrescidas de funcionalidades extras. Apesar de ter especificações de top de linha, no entanto, o Moto Z brasileiro sofre do mesmo mal que afeta o LG G5 SE: o hardware é inferior ao encontrado no modelo vendido no exterior. Parece que o downgrade – a redução de algum atributo do produto – virou moda.
Testamos o Moto Z, celular da Lenovo com capinhas 'inteligentes'
Quando fez o anúncio do Moto Z, a Lenovo explicou que o celular com Android Marshmallow tem processador quad-core, da linha Qualcomm Snapdragon 820, com frequência de 2,2 GHz. Este dado, porém, se refere somente ao smartphone oferecido nos Estados Unidos (batizado de Moto Z Droid), entre outros mercados.
No Brasil, o processador presente no Moto Z é da linha Qualcomm Snapdragon 820, porém com frequência de 1,8 GHz. Em termos nominais, a diferença é de 20% em relação ao Moto Z americano.
Esta mesma diferença foi verificada pelo TechTudo em uma pesquisa feita no site oficial da Motorola: o Reino Unido receberá o telefone com ficha técnica superior, enquanto a Alemanha também terá o Snapdragon 820 de 1,8 GHz.
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Os testes iniciais do Moto Z, enquanto ainda ocorria a conferência Lenovo TechWorld, permitiram constatar que o smartphone está rápido na execução de tarefas. Embora seja cedo para bater o martelo sobre seu desempenho, os indícios até agora são de que o Z tem plenas condições de atender às necessidades dos consumidores mais exigentes.
A diferença do 1,8 GHz do modelo brasileiro para os 2,2 GHz do telefone americano tende a não causar um impacto grande, ainda mais nas primeiras semanas de uso do Android. Conforme o tempo passa e mais aplicativos são instalados, porém, essa realidade pode se inverter.
Procurada pelo TechTudo, a Motorola Brasil não se pronunciou sobre o assunto até a conclusão desta reportagem.
Ficha técnica poderosa
O restante da ficha técnica do Moto Z, até onde se sabe, permanece o mesmo: memória RAM de 4 GB; GPU Adreno 530; tela AMOLED de 5,5" com resolução Quad HD (2560 x 1440 pixels); câmera de 13 megapixels; e câmera frontal grande angular de 5 MP. Apesar de oferecer variantes do produto dependendo da capacidade de armazenamento, é esperado que o Z chegue ao Brasil com memória interna 64 GB e suporte a cartão microSD de 2 TB.
Segundo a fabricante, a compatibilidade com 2 SIM cards será analisada caso a caso. Com isso, o Moto Z brasileiro deve ser dual chip. O lançamento est�
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Coreanas fazendo escola
O LG G5 SE (a nomenclatura indica "Special Edition", ou Edição Especial) vendido no Brasil também passou por um downgrade, porém mais severo. Enquanto o Moto Z usa a mesma linha de processadores, com frequência diferente, o G5 SE brasileiro teve um rebaixamento completo: ele utiliza o Snapdragon 652 de até 1,8 GHz, enquanto o LG G5 original tem um Snapdragon 820 de até 2,15 GHz. A diferença de desempenho tende a ser maior.
Além disso, o G5 SE "nacional" tem memória RAM de 3 GB, enquanto o G5 de fora conta com 4 GB. De novo, o hardware gringo deve resultar em uma experiência de uso mais fluida.
Outro caso menos latente é o do Galaxy S7, o telefone premium da Samsung. A fabricante emprega processador quad-core Snapdragon 820, da Qualcomm, nos Estados Unidos, enquanto o produto nacional conta com processador octa-core Exynos 8890, de fabricação própria. Há diferenças entre eles comprovadas em testes de benchmark, mas nada que chegue a assustar. Os executivos da sul-coreana costumam dizer que, independentemente do chipset, o desempenho dos processadores fica muito próximo, sem diferenças gritantes.
Assista ao vídeo sobre o anúncio do Galaxy S7 durante a feira de celulares de Barcelona (MWC 2016)
Testes conduzidos pelo site estrangeiro PhoneArena comprovaram que o S7 com Snapdragon se saiu melhor em seis das nove avaliações, enquanto o Exynos venceu três – inclusive o exame relacionado com navegação na internet.
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