Supostos vídeos íntimos de celebridades são uma maneira de enganar os internautas curiosos há muito tempo. Na terça-feira (24), a Kaspersky Lab emitiu um novo alerta de que a cantora Anitta é uma das brasileiras que vem tendo sua imagem vinculada a possíveis golpes de cibercriminosos no Facebook. Falsos links do YouTube em que supostamente seria possível assistir algum tipo de "vídeo picante" da artista são alguns dos golpes mais usados para manipular os internautas, além das supostas filmagens de traições com câmeras escondidas.

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Anitta é uma pessoa muito usada para enganar usuários no Facebook (Foto: Divulgação/Kaspersky)

A tática é simples, antiga, porém ainda engana muita gente. Um link é postado com uma imagem em miniatura com um trecho quadriculado, para camuflar algo supostamente proibido. No caso de Anitta, divulgado pela Kaspersky Antivirus, por exemplo, é usada uma imagem relativamente conhecida de um show dela, em um passo de dança com um dos seus dançarino.

Da forma que ela é “quadriculada”, e dependendo do texto no post feito pelo usuário que compartilha, o conteúdo pode dar margem a outras interpretações. E é justamente isso que estimula o clique no falso vídeo.

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Este não é o único tipo de post feito pelos cibercriminosos para enganar seus alvos na rede social. Temas sensacionalistas, traições entre cônjuges e, claro, vídeos pornográficos com nomes de celebridades circulam aos montes no Facebook. São mais de 90 domínios falsos que têm uma mecânica simples: pedem autorização às suas informações do Facebook – como login e senha da conta. Ao dar acesso, roubam estes dados. E, claro, não liberam o acesso a vídeo nenhum.

Ao clicar para ver o vídeo, usuário do Facebook acaba dando acesso a app (Foto: Divulgação/Kaspersky)

O pior de tudo é que, normalmente, este tipo de golpe faz com que a farsa ainda seja disseminada entre mais pessoas. Afinal, a primeira coisa que o cibercriminoso faz é, justamente, republicar o conteúdo pelas páginas e perfis que foram contaminados após o clique e "permissão do usuário". A partir disso, amigos daquela pessoa podem ser contaminados, e por aí vai.

“Ao conquistar o controle dos perfis e conseguir os dados pessoas dos proprietários, o criminoso passará a ter uma base gigantesca de contas comprometidas, que poderão ser vendidas a golpistas interessados ou serem usadas para disseminar outras campanhas. Todo o processo acontece dentro da rede social, com a instalação da aplicação maliciosa no perfil da vítima”, explica Fabio Assolini, analista senior de segurança da Kaspersky.

... /tt2/f/original/2016/05/24/unnamed_8.png" title="Apps maliciosos mais comuns que espalham vírus com falsos vídeos no Facebook (Foto: Divulgação/Facebook)" width="695">Apps maliciosos mais comuns que espalham vírus com falsos vídeos no Facebook (Foto: Divulgação/Kaspersky)

Para se proteger, basta não clicar nestes links. Mas, se você já caiu no golpe, vá na opção de aplicativos e remova todos os desconhecidos. Alguns já identificados pela Kaspersky são o “aeroplay.top”, “aguiavideos.top” e “asiavideos.top”. Outra ação já bastante recomendada pelos especialistas é trocar a senha após a remoção – ou os criminosos continuarão com acesso à conta.

Apps desse tipo não costumam durar muito no Facebook, já que estão em desacordo com as normas de uso da API. Quando a rede social descobre, imediatamente retira o conteúdo do ar. O problema é que eles se renovam e se multiplicam com facilidade. Saiba como denunciar um posts malicioso

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