O cenário competitivo de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) é palco de um grande escândalo nas últimas semanas. O "bug do coach", utilizado por vários treinadores incluindo o ex-técnico da MIBR Ricardo "dead" Sinigaglia, resultou em dezenas de banimentos pela Esports Integrity Comission (ESIC). A falha dentro do FPS da Valve permite que os treinadores vejam movimentações dos adversários. Em campeonatos profissionais, é comum o coach estar dentro do servidor com os atletas, mesmo que estejam todos no mesmo ambiente como em uma Gaming Office ou Gaming House, por exemplo. A seguir, confira todos os detalhes e entenda o escândalo que já é um dos maiores da história do game.
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O que é o "bug do coach"?
Divulgado ao público pela primeira vez no dia 31 de agosto pelo árbitro Michal Slowinski, o bug permite que o treinador de determinada equipe pudesse observar a equipe adversária em um local fixo no mapa. Dessa forma era possível saber todos os movimentos do oponente e prever qual seria a tática adversária. Segundo Michal, ele e Steve Dudenhoeffer, que é Desenvolvedor de Software da ESEA, analisaram cerca de 1,5 mil partidas durante três semanas para descobrir quem havia se beneficiado do bug.
Na fase inicial das investigações, a ESIC divulgou uma punição de seis meses a Ricardo "dead" Sinigaglia, ex-treinador e manager da MIBR. Na oportunidade, dead utilizou as redes sociais para expor o seu lado e a organização divulgou uma nota na qual disse que investigaria o acontecimento de forma interna. Além de dead, Nicolai "HUNDEN" Petersen, da Heroic, foi punido por um ano e Aleksandr "MechanoGun" Bogatyrev, da HardLegion, por dois anos.
Novas investigações e diversos banimentos
Finalizada a fase inicial de apuração do uso do bug, a ESIC informou aos treinadores que haviam utilizado o bug que os mesmos poderiam confessar (não sendo necessário de forma pública) até o dia 13 de setembro, e assim evitariam punições maiores.
Na última segunda-feira (28), a ESIC divulgou uma nova lista com 37 treinadores banidos, e entre eles oito brasileiros. Ricardo "dead" Sinigaglia teve sua punição estendida e outros sete novos nomes apareceram na lista, incluindo o técnico da FURIA Nicholas "guerri" Nogueira.
Além dos oito brasileiros que entraram na lista, MechanoGun, treinador da Hard Legion, e que havia sido punido na primeira investigação, também teve sua punição ampliada de dois para três anos. Outros treinadores conhecidos, como Faruk "pita" Pita, Robert "RobbaN" Dahlström e Allan "Rejin" Petersen também entraram na lista.
Para aplicar as punições, a ESIC levou em consideração o "tier" que cada equipe representa no cenário. Treinadores das equipes consideradas do "primeiro escalão" receberam punições mais severas em relação as equipes que disputam campeonatos menores.
Durante o processo de apuração e punição, foram encontrados relatos divulgados por diversos treinadores e membros do cenário competitivo que o "bug" acontecia desde 2017. Em alguns casos a Valve havia sido notificada, mas não teria tomado as medidas instantaneamente.
Impacto direto no CS:GO e silêncio da Valve
Depois da primeiro onda de bans, os parceiros da ESIC (ESL, DreamHack e BLAST) decidiram seguir com as mesmas punições apli
No meio de todo o delicado momento, a Valve apenas dedicou um espaço em um de seus informativos no qual informava que estava ciente do bug e iria esperar o desfecho das investigações para ter uma "visão completa" da situação.
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