O JBL Quantum 400 é um fone de ouvido com recursos e especificações voltados para os gamers. Com preço sugerido de R$ 699, o modelo tem como diferenciais a possibilidade de balancear entre o áudio do jogo e a voz dos seus amigos em uma party, além do som surround, que cria uma noção espacial imersiva para o jogador. Por outro lado, o modelo da JBL não tem Bluetooth, funcionando apenas com cabo. Confira a nossa avaliação dos prós e contras do modelo da JBL e descobra se ele é ideal para você e se vale pagar esse preço.

Lembrando que o modelo é parte da linha Quantum, voltada mesmo para os fãs de games, que ainda conta com as versões 100, 200, 300, 600, 800 e ONE – este último, o top de linha. A versão 400 é a intermediária, tanto em preço como em questão de funções – quanto mais caros, mais recursos os fones trazem.

Design e conforto

A aparência do fone da JBL não deixa nada a desejar: é bonita, moderna e fica muito bem na cabeça. Além disso, como é voltada para o público gamer, tem o diferencial de trazer luzes coloridas na lateral, tornando-o bem chamativo. Gosta de gravar vídeos jogando, ou pensa em participar de torneios de jogos? Pode ter certeza que vai chamar atenção. Outro diferencial é a possibilidade de customizar essas luzes, com as cores, efeitos e velocidades de sua escolha, usando o programa JBL Engine.

Em questão de construção, nada a reclamar também: o headset é bem sólido, aparentemente resistente e a expectativa é que ele dure muito tempo. Os cabos dele também são bem legais, revestidos com nylon para proteção e evitar que os fios se desgastem.

Ainda entre os pontos positivos, está o quesito conforto. O Quantum 400 pesa 274 gramas, um peso razoável, e sua espuma é bem macia e se adequa à orelha com facilidade. Com isso, de cara, você já vai curtir usar o acessório. Só fique atento: depois de 2 ou 3 horas, a orelha pode começar a se incomodar e até a suar, dependendo da temperatura ambiente, visto que o material usado para amortecer também esquenta um pouco.

Entre os pontos negativos do design estão os botões e comandos físicos do headphone. O modelo da JBL conta com uma rodinha para variar entre o som da party e o do jogo; outra rodinha para controle de volume total; e um botão de "mudo".

Mas como o fone é todo trabalhado no design, esses botões ficam meio escondidos quando você está usando, e fica difícil encontrá-los rapidamente no meio de um jogo. O jeito é ficar tateando até encontrar, para aí descobrir se você está mexendo no volume geral ou no balanço entre jogo e party. Além disso, não dá para saber se você apertar o botão de "mudo", porque nada indica se está mutado ou não. Bola fora.

Desempenho e qualidade de som

Vamos começar pelo que interessa: como é o desempenho do JBL Quantum 400 quando estamos jogando. Fizemos os testes com o fone tanto no PlayStation 4 (PS4) quanto no PC (Windows). E a resposta é que ele cumpre bem o que promete, trazendo ótima imersão para os gamers e muitos detalhes do jogo. Principalmente no modo JBL Surround, que é o padrão vindo no fone, os sons saem em 360°, levando a parecer que você está realmente cercado pelo ambiente do game.

Porém, o fone ainda traz outras duas opções (acessáveis por meio do JBL Engine): o áudio DSL, que também é surround (com esse efeito 360°), e é bem comum nos fones gamers, além do estéreo básico, com sons apenas na direita e esquerda, sem tanta imersão. Tanto o JBL Surround quanto o DSL funcionam bem, e fica a critério do gosto de cada um escolher seu preferido.

O isolamento do fone também é excelente. Você vai conseguir realmente ficar imerso, principalmente se colocar o áudio do jogo e de u

... ma eventual party saindo do fone. O som é muito bem equilibrado e a tecnologia da JBL garante que os ruídos externos sejam muito minimizados.

Agora, se você também quer aproveitar o fone da JBL para ouvir músicas (afinal, boa parte dos aparelhos da JBL têm essa função, certo?), o Quantum pode decepcionar um pouco. Não que seja ruim, mas ele não traz de cara a equalização ideal para isso. Porém, usando o app Engine, é possível melhorar bastante essa experiência, principalmente usando o equalizador para melhorar os graves e agudos, além de colocar no modo estéreo. Mas se você quer comprar o modelo puramente para ouvir música, pode guardar seu dinheiro. Ele tem como ser usado melhor.

Funcionalidades

Em questão de recursos, a JBL caprichou na linha Quantum. Embora o Quantum ONE, o modelo máximo da linha, tenha muitas vantagens frente aos demais, o intermediário Quantum 400 não deixa a desejar.

O primeiro aspecto bem útil é a possibilidade de balanceamento entre som da party e som do jogo. Muitas vezes estamos em games que precisamos ouvir melhor os companheiros do que o jogo, ou vice e versa, e essa função vem bem a calhar. Além disso, apesar das reclamações a respeito do controle em si (vide Design), o recurso funciona muito bem.

Outro aspecto excelente do fone é a possibilidade de colocar o áudio do microfone no mudo apenas levantando a haste. Muito prático e bem útil para poder conversar alguma coisa em casa rapidamente, no meio de uma partida. Isso, por outro lado, deixa o botão de mudo, disponível na lateral, bastante redundante e inútil, e ainda abre margem para você esbarrar sem querer. Poderia muito bem vir sem esse botãozinho.

As demais funcionalidades ficam por conta do programa JBL Engine, disponível para PCs Windows - reforçando: ele não roda em computadores da Apple. Teoricamente, ao conectar seu fone de ouvido por meio do cabo USB no computador, ele já reconhece o drive e abre o programa. Nos testes, porém, ele não reconheceu, e tivemos que ir atrás do programa no site da JBL, o que não foi nem fácil de encontrar.

Porém, o Engine é bastante interessante: ele possibilita, além da já citada mudança das cores e das luzes do headset, equilibrar o som e escolher o quanto de retorno quer ouvir pelo microfone (a altura com que escuta sua própria voz quando fala). Ao salvar no programa, as configurações já ficam guardadas, e você pode aplicá-las quando for jogar no videogame, por exemplo.

O ponto negativo máximo é a ausência da tecnologia Bluetooth. Por mais que muitos gamers aproveitem o fone no computador e possam conviver com o fio, quem quiser jogar no videogame, no quarto ou na sala, precisa se preparar: o Quantum 400 vem com um cabo USB gigantesco (3 metros) que precisa ficar ligado ao console e, com isso, vai precisar ficar atravessado por todo o cômodo. Bem desconfortável.

Até testamos o fone de ouvido com o cabo p2 (também incluso) ligado diretamente ao controle do PS4. Isso poupa o incômodo de ficar com o cabo USB gigante atravessado, porém, com este método você perde as principais funcionalidades do Quantum 400: nada de balancear entre o som da party e do jogo, nada de luz acesa nas laterais do fone e nada de colocar o áudio no mudo ao levantar a haste do microfone.

Ou seja: usando o cabo p2, ele vira um fone comum, que inclusive mostrou problemas de conexão com a party do PlayStation durante os testes - os colegas do grupo não ouviam o áudio. Isso, repetimos, com a conexão p2. Usando ele conectado por meio do USB o headphone funcionou perfeitamente.

Custo-benefício

Se você procura um fone de ouvido para jogar no computador ou videogame, pode considerar tranquilamente o Quantum 400. Ele vai te dar uma ótima experiência, um visual bonito e funcionalidades bem interessantes. Além disso, o preço do fone, inicialmente de R$ 699 (mas podendo chegar a valores proximos de R$ 500 pela internet), apesar de salgado, vale o que ele oferece.

Até porque, concorrentes também de nível intermediário, como os modelos da HyperX ou da Logitech, trazem valor semelhante. E outros, como os da Razer, saem por mais que o dobro desse preço. Porém, eles estão bem mais estabelecidos no mercado gamer, e entendem bem essa base. Logo, se você nunca consumiu outras marcas gamers e gosta da JBL - famosa principalmente por suas caixinhas de som de qualidade - e tem o valor para desembolsar, pode apostar no Quantum 400 tranquilamente.

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