O novo MacBook foi uma grande surpresa da Apple, seja por suas configurações ou pelo seu design ultra fino. Equipado com o Mac OS X Yosemite, o aparelho que acabou de chegar ao Brasil traz um chip Intel Core M, que dispensa ventoinhas, além de teclado e trackpad totalmente renovados. A sua versão mais barata é, na verdade, bastante "salgada": são R$ 8,5 mil. MacBook, preços altos e muito expectativa, mas será que o MacBook consegue impressionar o usuário em um primeiro contato? Confira o hands on do TechTudo.
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Design: mais leve que o “Air”
Ao se aproximar do novo MacBook, é inevitável não reparar e se impressionar com a finura do aparelho. Ele tem apenas 13,1 milímetros, sendo um pouco maior que uma caneta em sua parte mais espessa. Assim, o aparelho é perfeito para quem deseja carregá-lo dentro da mochila para qualquer lugar.
A Apple também caprichou no quesito peso: são apenas 920 gramas para um aparelho com uma tela de 12 polegadas. É possível segurá-lo com uma mão sem qualquer desconforto, esteja ele aberto ou fechado. O MacBook Air de 11 polegadas, por exemplo, possui 1,08 quilo mesmo sendo menor.
O computador da Apple pode ser encontrado em três cores: prata, cinza escuro e dourado. Todas possuem um ótimo acabamento e se assemelham ao que pode ser encontrado nos iPhones e iPads. A maçãzinha da tampa, porém, é apenas espelhada e não brilha, o que pode decepcionar aqueles que gostam de ostentar um dos símbolos da marca.
Tela: Filmes podem ser um problema
A Apple também fez um belíssimo trabalho com a tela de seu novo MacBook. Equipado com uma resolução QHD (1440p), o display Retina do computador apresenta cores bastante ricas, vibrantes e uma leitura bastante confortável, com letras bem delineadas e visíveis. Na comparação com o modelo Air de 11 polegadas, a superioridade do novo MacBook é claramente visível. Mas nem tudo são flores.
A Apple adotou uma proporção de 16:10 diferente dos formato Widescreen (16:9) usado pela maior parte do mercado atualmente. Isso deve fazer com que filmes e séries não “se encaixem” muito bem ao monitor, deixando faixas pretas ou cortando a imagem. Além disso, o ângulo de abertura máximo suportado pelo MacBook dificulta a vida de quem deseja usá-lo em pé.
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Touchpad: mais inteligente do que nunca
O elogiado trackpad da Apple trouxe uma importante adição para a experiência de usuário: o Force Touch. Além de navegar pelos programas com múltiplos dedos, é possível usar a força do seu clique p
Outro ponto fascinante do novo aparelho é o sistema tátil que simula o estalar de um clique, algo impossível fisicamente dada a finura do MacBook. O funcionamento da invenção da Apple é tão precisa que só foi possível acreditar que o aparelho não “clicava” de verdade ao pressionar o trackpad de um MacBook desligado.
Teclado “borboleta”: fino e preciso
Ao contrário dos notebooks convencionais, o novo MacBook não traz um teclado com teclas “saltadas” para fora do aparelho, mas sim botões bastante finos e “colados” na superfície do aparelho. Para isso, a empresa desenvolveu um mecanismo batizado de borboleta, que faz com que a decida e a subida da tecla pressionada sejam menores.
Apesar da nossa desconfiança, o teclado do novo MacBook se mostrou incrivelmente preciso e com uma resposta excelente para as suas características físicas. É inegável, porém, que usuários que estão mais acostumados a sentir a tecla terão dificuldade ao digitar sem olhar para o teclado. No entanto, a adaptação ao novo padrão é totalmente possível e não deve tomar muito tempo.
Desempenho: o calcanhar de Aquiles
O MacBook traz em seu interior um novíssimo processador Intel Core M, que dispensa o uso de ventoinha para resfriamento, mas traz alguns problemas. O primeiro dele é o desempenho inferior do que os chips tops da linha Core i7. Embora não tenha sido possível fazer um teste mais aprofundado com o novo MacBook, conseguimos perceber alguns tropeços.
Em primeiro lugar, ao abrir diversos programas ao mesmo tempo, o aparelho da Apple apresentou uma queda considerável na fluência de suas animações. Felizmente, isso não se refletiu no travamento de nenhum programa, mas o Mac OS perdeu um pouco da sua aclamada fluidez. Além disso, o novo notebook da Apple demorou bons segundos para carregar as miniaturas de imagens no aplicativo de fotos.
Durante os nossos testes, foi possível rodar o jogo Civilization: Beyond Earth no computador da Apple. Embora não apresentasse nenhum travamento mesmo com bons gráficos, o novo MacBook teve uma demora considerável na tela de carregamento do menu inicial, que pode ser causada pelo baixo poder de fogo do processador.
Mesmo dispensando coolers de resfriamento, o processador Core M pode sim esquentar a superfície do aparelho ao executar tarefas mais pesadas. No entanto, essa não chega a ser uma característica totalmente ruim, já que é preciso considerar o avanço da Intel em relação a outros chips.
USB-C: prepare-se para os adaptadores
Outro ponto que não pode passar batido no MacBook é o novo padrão USB-C, que lembra bastante o lightining do iPad e do iPhone. A escolha do novo conector foi bastante acertada, já que esse pode ser usado para a transferência de dados, carregamento e saída de vídeo. O problema é que a única entrada disponível deve castigar o consumidor, que se verá refém e limitado a adaptadores. Sem dúvidas, a Apple poderia ter se esforçado para incluir pelo menos outra entrada no aparelho.
Dock adiciona 11 entradas ao novo MacBook e pode solucionar USB-C única
Conclusão
Fino, leve, portátil. O novo MacBook é um aparelho para quem busca portabilidade acima de desempenho. O primeiro contato com o notebook agrada bastante, mas um teste mais longo do aparelho pode tirar dúvidas sobre quesitos como bateria e desenvoltura em aplicativos e jogos mais pesados.
De qualquer forma, o usuário que pretende comprar o aparelho deve preparar o bolso. A versão mais barata sai a R$ 8,5 mil no Brasil, preço superior ao MacBook Air mais caro do país e igual à versão básica do modelo Pro de 13 polegadas com tela Retina. Cabe ao usuário pesar os prós e contras antes de decidir se vale a pena.
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