Aplicativos costumam facilitar a vida das pessoas e proporcionar entretenimento na palma da mão. Contudo, usuários podem ir além da proposta inicial dos serviços e utilizar os apps para funções inusitadas. App de genealogia consultado para evitar incesto, texto no Google Docs como sala de bate-papo decreta e venda de clipes pornográficos no Snapchat são exemplos de ocasiões em que os aplicativos foram apropriados pelos usuários com finalidades diferentes da proposta pelos fabricantes. Confira a seguir cinco situações em que apps foram usados de maneiras inusitadas.
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1. App de genealogia permite evitar incesto na Islândia
O aplicativo ÍslendingaApp SES foi desenvolvido a partir de uma competição realizada pelos proprietários do site Íslendingabók (em português, "O livro dos irlandeses"). O objetivo inicial do app era descobrir a ligação familiar entre os cidadãos da Islândia a partir do banco de dados da pesquisa de genética médica do projeto Íslendingabók.
Entretanto, o aplicativo conta com um recurso "extra" para os usuários verificarem se apresentam algum parentesco próximo entre si. A ferramenta foi apropriada pelo público para descobrir algum parceiro romântico em potencial seria da mesma família. Quando dois usuários possuem uma conexão familiar, o aplicativo emite um "alarme de incesto" para avisar discretamente às duas pessoas sobre o possível incesto.
2. Simsimi é usado para enviar mensagens de ódio
O aplicativo Simsimi é um aplicativo de conversação em que o usuário interage com um personagem com forma de emoji e controlado por meio de inteligência artificial. O boneco consegue aprender com as respostas dos usuários e, assim, aumentar sua base de dados para bate-papo. Usuários passaram a relatar em 2018 que as conversas poderiam assumir tom de violência e apelo sexual justamente devido ao aprendizado do sistema com as interações com humanos.
O app chegou a ser suspenso no Brasil por suspeita de cyberbullying. Em comunicado, a empresa explicou a decisão: “Parece que alguns usuários brasileiros têm ensinado respostas maliciosas a SimSimi recentemente. A maioria do teor dessas respostas é de ameaças, como assassinato ou sequestros, de crianças ou suas famílias”.
3. Adolescentes criam salas de bate-papo secreto no Google Docs
O Google Docs é um aplicativo para edição de textos semelhante ao Word, e é conhecido por permitir o compartilhamento online de documentos para escrita colaborativa. Estudantes americanos aboliram a velha prática de passar bilhetes em sala de aula para se comunicar com colegas pelo software de produtividade.
Os alunos acessam a Internet com notebooks fornecidos pelo colégio e compartilham um texto pelo Google Docs com amigos para driblar a censura da rede escolar, que impede acessar sites como redes sociais e mensageiros. Assim, é possível criar uma espécie de "sala de bate-papo" e trocar mensagens por texto corrido. O recurso também é utilizado para enganar os pais. Os alunos abrem o programa quando vão fazer o "dever de casa" e conversam com os amigos sem que os pais saibam.
Criar um texto no Google Docs para conversar com @xxEnas27xx durante a aula é desastre na certa.
4. Venda de clipes pornográficos no Snapchat
O jornalista Nick Bilton revelou em coluna para o New York Times, em 2015, que strippers e estrelas pornôs se apropriaram do Snapchat para fornecer fotos nuas e shows sensuais em troca de dinheiro. A f
Os homens ofereceram produtos similares a valores comparáveis. Vale ressaltar que o Snapchat não permite a publicação de conteúdo pornográfico na plataforma. Segundo o relato de Bilton, durante a elaboração da pauta ele seguiu 30 contas que forneciam pornô, e 28 delas foram excluídas pela moderação do aplicativo dentro de uma semana.
5. Streaming de filmes piratas no Google Drive
O Google Drive é conhecido como um serviço de armazenamento de arquivos na nuvem e compartilhamento para guardar materiais do trabalho ou faculdade. Entretanto, o aplicativo já foi empregado por usuários para realizar o streaming de filmes piratas.
Segundo análise do site de tecnologia Gadgets360, estúdios cinematográficos fizeram quase 5 mil solicitações ao Google de remoção de conteúdo pela lei de Direitos Autorais em agosto de 2017. Em comparação, o portal relava que, no mesmo período, foram feitos cerca de 100 pedidos do mesmo tipo ao MEGA, e 12 ao Dropbox.
O Google já se pronunciou sobre pirataria em produtos da empresa e criou várias ferramentas para minimizar a prática, como permitindo informar violação de direitos autorais por meio de formulários online. A plataforma também conta com um recurso que compara o conteúdo enviado com um banco de dados de material protegido por direitos autorais.
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