Os carregadores sem fio têm atraído os holofotes da indústria e feito a cabeça de consumidores. No entanto, ainda há muita confusão quando o assunto é como a tecnologia funciona. Leia o artigo a seguir e desvende os mistérios que envolvem o carregamento wireless.
Carregador portátil: lista reúne modelos bonitos e ‘baratos’
O princípio por trás do carregamento sem fio é indução eletromagnética. A base de carregamento contém rolos de arame que criam um campo eletromagnético quando a corrente elétrica passa por eles. Esse campo pode induzir força eletromotriz em aparelhos dotados de bobinas compatíveis, sem precisar sequer encostar neles. É o que acontece em circuitos de baterias de smartphones e dispositivos que têm dessa capacidade.
A transmissão de energia por indução alcança de 60% a 70% de eficiência em relação ao carregamento feito via cabo. Mas o que poderia ser uma desvantagem se torna um dos aspectos interessantes do método. É que ele foi pensado para as baterias de íons de lítio usadas atualmente, que respondem melhor a um carregamento mais lento, com menores doses de energia.
Padrões de carregamento sem fio
Como em toda tecnologia, há diferentes padrões de carregamento sem fio. O líder deste segmento é o Qi, desenvolvido pela Wireless Power Consortium. Ele se tornou popular graças à adesão por parte da Nokia ao fabricar seu primeiro Windows Phone, mas uma série de gigantes – como Motorola, HTC e Verizon – fazem parte do consórcio.
Nos Estados Unidos também é comum encontrar dispositivos com o padrão PMA Powermat, criado pela Power Matters Alliance, conglomerado que reúne nomes como AT&T, BlackBerry e Duracell. Em janeiro, o consórcio anunciou parceria com a Alliance for Wireless Power, desenvolvedora do A4WP.
O objetivo é fundi-los e criar um padrão único, que está programado para ser lançado em meados de 2015. Isso porque os padrões não são compatíveis, pois as bobinas de indução operam em frequências diferentes. Assim, as companhias se esforçam para tomar a frente do Qi, usado em modelos como os Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge, por exemplo.
Vantagens e desvantagens
A principal vantagem do carregamento sem fio é a compatibilidade com diferentes dispositivos. Uma vez que a fabricante dote seu aparelho da tecnologia, não é preciso se preocupar com diferentes plugues e cabos. A portabilidade vem logo em seguida, mas ainda não é o grande foco. Os smarts precisam ficar em cima das bases, que, por sua vez, devem estar ligadas na tomada.
A indústria tem se preocupado em desenvolver métodos de carregamento à distância, o que traria um salto significativo nesse sentido. Em abril, o Kitchen Working Group (KWG) demonstrou seu carregador próprio alimentado um processador Phillips e um smartphone, a 30 mm de distância.
A desvantagem é o preço. Como novidade que é, o carregamento sem fio ainda é muito caro. Modelos mais básicos, como o LG WCD-100WI, custam cerca de R$ 200 no Brasil. Sempre é possível importar da China, mas os valores ainda são gritantes em comparação com o carregador microUSB.
Vale a pena investir?
A resposta é: depende. Se você estiver em dúvida entre dois smartphones com especificações parecidas, a função de carregamento sem fio já pode ser um critério de desempate. E vale até pagar um pouco – destaque em "pouco" – mais caro, pois a tecnologia tende a se popularizar em breve.
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Já é possível encontrar muitos modelos de base de carregamento no Brasil – o TechTudo, inclusive, fez uma lista com carregadores sem fio de grandes fabricantes. Isso significa também que há disponibilidade, outro fator importante na hora da compra.
Via Rezance
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