Dois pais da cidade de Quebec, no Canadá, querem entrar na justiça contra Fortnite com uma ação coletiva. A motivação do processo é de que o Battle Royale da Epic Games teria sido propositalmente feito para causar vício e teria um impacto duradouro nas crianças. O escritório canadense Calex Legal procura processar a desenvolvedora e a sua filial no país. O caso tenta fazer uma aproximação com a dependência química, levando em consideração uma decisão da Organização Mundial da Saúde, divulgada em 2018, que considera o vício em videogames um transtorno.
A firma apresentou um pedido de ação em nome de dois pais que, separadamente, procuraram por auxílio judicial. Os responsáveis, que não tiveram seus nomes divulgados, alegam que seus filhos, de 10 e 15 anos de idade, tornaram-se dependentes do jogo.
A firma ainda convida outros pais a se juntarem na ação. “Calex Legal apresentou hoje no Palácio da Justiça de Montreal um pedido de autorização para lançar uma ação coletiva e ser atribuída como representante contra Epic Games Inc., a criadora do videogame Fortnite, e sua subsidiária canadense. Nossos clientes são dois pais de crianças altamente dependentes do videogame Fortnite. Convidamos todos aqueles que estão preocupados a entrarem em contato conosco”, diz o comunicado oficial.
A ação coletiva alega que o jogo foi feito especialmente para deixar seus jogadores dependentes. Os advogados comparam o caso com um processo civil contra a indústria de tabaco no Quebec, que acusava existir uma intenção de criar algo viciante sem os devidos avisos prévios. O documento entregue à justiça canadense relata que o garoto de 15 anos de idade jogou quase 8 mil vezes desde que descobriu o jogo, em outubro de 2017, e que
... joga, no mínimo, três horas por dia. A Epic Games ainda não se pronunciou sobre o caso.
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