Artifact, jogo de cartas da Valve inspirado no universo de DotA 2, registrou uma queda de 98% dos jogadores no mês de fevereiro, de acordo com o Steam Charts. Em novembro de 2018, quando o game foi lançado, mais de 60 mil usuários acessaram os servidores ao mesmo tempo. O número não se manteve por muito tempo e diminuiu para menos de mil pessoas em apenas dois meses.

Artifact chegou para concorrer com Hearthstone, Gwent e Magic: The Gathering Arena. O lançamento do game foi aguardado e ele chegou como uma grande promessa nos esports. No entanto, o título perdeu popularidade após receber críticas em relação ao seu preço elevado na Steam e pela necessidade de gastar mais dinheiro para comprar cartas fortes. Entenda a seguir os principais motivos que dificultam o sucesso do game.

Modelo de receita do jogo

Atualmente Artifact ocupa a posição 246 no Steam Charts, site de análise dos jogos da loja da Valve. No dia 12 de fevereiro, o site registrou a presença de menos de mil jogadores online, uma queda de aproximadamente 98%. Um dos possíveis motivos para a impopularidade do game é o seu modelo de receita, que requer um alto investimento do jogador.

Artifact custa R$ 77,99. Além de não ter licença gratuita, a jogabilidade pede que os players invistam um valor alto para ter um deck completo. O mercado de cartas criado dentro da plataforma do game é a opção mais rápida para evoluir no jogo. O outro método, mais barato e demorado, é jogar várias vezes contra adversários mais fortes para receber cartas lentamente. Alguns cards, como Axe e Drow Ranger, chegam a custar R$ 80 e R$ 55, respectivamente.

Principal concorrente de Artifact, Hearthstone utiliza o modelo free-to-play, ou seja, o download é gratuito, mas é possível comprar cartas com dinheiro real.

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Concorrentes

Enquanto Artifact está com dificuldades, seus concorrentes crescem ou se mantém no mercado de cardgames. A Blizzard, desenvolvedora de Hearthstone, divulgou ter alcançado 100 milhões de jogadores ativos em 2018 e prometeu uma premiação que somará US$ 4 milhões (R$ 16 milhões) nos torneios de 2019.

Grandes organizações dos esports, como compLexity Gaming, G2 Esports e Evil Geniuses, já estão competindo no game da CD Projekt Red. Em 2018 as competições de Gwent renderam um total de R$ 394 mil (Team Aretuza) e R$ 319 mil (Team TopDeck) para as equipes que dominaram o cenário competitivo. Atualmente, o Circuito Profissional do jogo está em andamento.

Por último, Magic: The Gathering Arena recebeu alto investimento para o cenário competitivo de 2019. O jogo de cartas, febre nos anos 90 e 2000, terá diversas competições neste ano. A Wizards of the Coast anunciou que US$ 10 milhões (cerca de R$ 40 milhões) serão disponibilizados para o crescimento do esport.

Artifact no competitivo

A Valve declarou que Artifact é um jogo que precisa de tempo para cair no gosto popular. Porém a falta de resultados no curto e médio prazo se tornou uma preocupação. Em março de 2018, o CEO da desenvolvedora, Gabe Newell, anunciou o primeiro grande torneio competitivo com uma premiação de US $ 1 milhão (R$ 4 milhões) no início deste ano.

Enquanto as competições oficiais não começam, alguns torneios amadores acontecem. O

... WePlay! Artifact Mighty Triad: Strength aconteceu de 15 a 18 de janeiro, com premiação de US$ 15 mil (R$ 60 mil). Com a participação de 32 jogadores, incluindo o brasileiro Lucas “TenShi” Miranda, o campeonato mostrou o potencial do jogo como esport. Porém alguns ajustes ainda precisam ser feitos para que o número de usuários volte a crescer.


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