O Motorola One é um celular intermediário anunciado em agosto. Ele chegou ao Brasil em outubro com preço sugerido de R$ 1.499. O valor de lançamento continua vigente em novembro, mas, durante a Black Friday, o varejo oferece diversos descontos, a ponto de o aparelho aparecer entre os mais buscados do comparador Zoom na virada de quinta para esta sexta-feira (23). O grande chamariz do smartphone é sua participação no Android One, programa lançado pelo Google para garantir Android puro e atualizações mais rápidas. Nas linhas a seguir, descubra prós e contras do produto, apelidado de Moto One.
PONTOS POSITIVOS
1. Android One
A participação do Motorola One no programa Android One traz vantagens como a garantia de um Android mais puro, livre de excessos de personalização que poderiam prejudicar o desempenho do smartphone. As atualizações de Android também devem chegar antes, tanto que o próprio Motorola One começou a receber o Android 9 (Pie) – ele é o primeiro smartphone do Brasil com o sistema mais recente.
A característica é particularmente interessante para quem gosta de testar novidades assim que elas são lançadas. O recurso de bem-estar digital, por exemplo, já chegou para os donos de aparelhos rodando o Android 9, que também desfrutam das melhorias na duração da bateria e nas implementações de inteligência artificial feitas no sistema.
De acordo com a Motorola, compradores do produto têm update garantido para o futuro Android Q, que nem sequer foi anunciado.
2. Bateria de longa duração
A Motorola equipou o celular com uma bateria de 3.000 mAh, prometendo duração para o dia todo. E a promessa foi cumprida: o telefone teve autonomia de uso de 18 horas durante os testes do TechTudo. Em outro momento, o telefone chegou a 10 horas de atividade com 59% de carga.
Ele ainda traz o sistema de recarga rápida TurboPower, que proporciona 6 horas de bateria com apenas 20 minutos de carregamento.
3. Preço competitivo
O modelo intermediário tem preço baixo. Ele custa R$ 1.499 e, na Black Friday, pode ser comprado por cifras na faixa de R$ 1.200. Quem comprar o Motorola One levará para casa um aparelho com armazenamento de 64 GB e memória RAM de 4 GB.
PONTOS NEGATIVOS
1. Desempenho razoável
Um dos aspectos mais decepcionantes da ficha técnica tem a ver com o processador. Os engenheiros da Motorola optaram pelo Snapdragon 625, chip lançado há dois anos pela Qualcomm. Mesmo tendo 8 núcleos, o celular entrega resultado bastante mediano e está no limite de sua capacidade de processamento.
Durante a análise do TechTudo, o smartphone até conseguiu executar tarefas do dia a dia sem problemas, como acessar redes sociais, ouvir música por streaming e ver vídeos. No entanto, atividades que demandam mais performance, como intercalar aplicativos, resultaram em engasgos.
A memória RAM de 4 GB também se mostrou falha, não conseguindo manter publicações no rascunho do Facebook. Todas essas situações devem-se ao fato de que, afinal, o Motorola One é um celular intermediário. Ele não foi construído para jogos pesados nem tarefas super complexas, e isso deve estar em mente na hora de comprar o aparelho.
2. Câmera sem cores fiéis
Como de constume nos modelos da Motorola, a câmera do One não apresentou bom desempenho nem em ambientes iluminados, muito menos em situações de pouca luz. A dupla de sensores de 13 e 2 megapixels, que acompanham lentes com abertura f/2.0 e f/2.4
A câmera principal apresenta outros problemas: algumas imagens ficaram estouradas (sobreexpostas), o modo retrato torna o processamento mais lento e as fotos em ambientes com pouca luz ficaram sofríveis. Portanto, se seu principal foco ao comprar um novo aparelho é tirar fotos, o modelo não é recomendado.
3. Baixa resolução da tela
A tela do Motorola One tem resolução HD+ (720 x 1520 pixels). Ela é muito reduzida para um smartphone de 2018 e, num painel de 5,9 polegadas, gera uma densidade de pixels de apenas 287 pixels por polegada. O resultado é um painel com baixa qualidade até para ler texto, onde é possível distinguir os pontos brilhantes que formam as palavras.
Para assistir a vídeos, a experiência é ainda pior, ainda que fabricante tenha adotado o formato 18:9, pensado justamente para o entretenimento. O display ainda carrega o fardo de que o trecorte superior não foi bem adaptado para o sistema. Com o Android 8.1 (Oreo), o recorte atrapalha as notificações e deixa o relógio e o indicador de porcentagem de bateria muito colados às bordas.
O teste do TechTudo foi anterior à chegada do Android 9 (Pie), que traz suporte ao notch. Portanto, não podemos dizer que este aspecto negativo se mantém, mas a resolução baixa continua sendo um problema.
>>> Veja o artigo completo no TechTudo
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