A IBM desenvolveu o supercomputador Summit para o Departamento de Energia dos Estados Unidos (órgão equivalente a um Ministério no Brasil), considerado o mais rápido do mundo no momento. A máquina pode atingir capacidade de processamento de 200 petaflops por segundo, registro bem superior ao do chinês Sunway TaihuLight, de 125 petaflops e que fica na segunda posição do ranking mundial.

O Summit está instalado em um dos laboratórios do órgão americano e será usado em pesquisas científicas. Suas especificações incluem reforço de inteligência artificial e machine learning, para melhorar as operações com o tempo.

Summit será usado em pesquisas científicas conduzidas por especialistas do mundo inteiro; cada "armário" da foto equivale a um servidor (Foto: Divulgação/Oak Ridge National Laboratory)

Os números em torno do computador impressionam. São 10 petabytes de memória RAM e mais de 200 mil núcleos de processamento na máquina, divididos em pares nos 4.608 servidores. As CPUs Power9 da IBM têm 22 núcleos cada, podendo ser comparadas ao modelo Xeon, da Intel.

Além disso, a máquina tem o reforço das GPUs Tesla V100, da Nvidia, com seis em cada servidor, carregando um total de 27.648 unidades. Esse modelo de placa de vídeo, que não é destinado ao consumidor comum, possui estruturas avançadas de processamento de inteligência artificial e mac

... hine learning. Segundo a Nvidia, as Tesla V100 são responsáveis por 95% da capacidade de trabalho do Summit.

Rodando Linux, o computador será usado em pesquisas científicas que exigem alta capacidade de processamento e de sofisticação para analisar dados. Alguns exemplos são simulações a respeito de novos tratamentos de câncer, desenvolvimento de soluções para geração de energia via fusão nuclear e mapeamento de padrões de doenças. Um dos objetivos é desenvolver tratamentos e medicamentos de combate a problemas cardíacos e síndromes degenerativas, como Alzheimer.

O que são 200 petaflops?

Summit é composto de processadores da IBM, placas da Nvidia e muita memória RAM (Foto: Divulgação/Oak Ridge National Laboratory)

A performance de supercomputadores é medida em "flops", que registra a quantidade de operações matemáticas com números reais (aqueles “quebrados”, com casas à direita da vírgula) que um computador consegue realizar em um espaço de tempo. É uma medida mais precisa do que os GHz a que estamos mais acostumados na hora de comprar um computador ou celular.

Os 200 petaflops determinam que, em máxima performance, o Summit deve dar conta de um volume de duzentos quatrilhões dessas operações de números quebrados por segundo. Um PS4, por exemplo, atinge 0,184 petaflops, ou quase dois trilhões de operações por segundo. Em 2017, o lançamento do Core i9 marcou a chegada da CPU de 1 teraflop ao consumidor doméstico.

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