A próxima geração do sistema de celulares mais utilizado no planeta está chegando: o Android P deve ser revelado oficialmente durante o Google I/O, que ocorrerá entre 8 e 10 de maio nos Estados Unidos. Na conferência anual, o buscador vai anunciar todos os novos recursos, melhorias de segurança e correções, alguns deles adiantados pela prévia do sistema, liberada para desenvolvedores.
São esperadas novidades como a camuflagem do sinal de operadora, o editor de screenshots similar ao do iOS e mais precisão para determinar a localização do usuário. Saiba, nas linhas a seguir, o que esperar do Android P. O sistema deve chegar aos primeiros telefones no terceiro trimestre, a partir de outubro.
1. Operadoras poderão camuflar potência do sinal
Um código submetido na plataforma Android Open Source Project, do Google, sugere que as operadoras poderão definir como as barras de sinal da rede de telefonia serão exibidas no Android P. Essa seria uma diferença significativa em relação ao que ocorre até hoje, em que as barrinhas são apenas a representação gráfica da potência do sinal e são calculadas pelo próprio dispositivo.
No suposto novo sistema, descoberto pelo portal XDA Developers, cada operadora vai estabelecer seus próprios limites de intensidade para cada uma das barras exibidas no topo do Android. Neste cenário, uma barra cheia pode representar um valor mais baixo ou mais alto, o que pode fazer com que o usuário acredite que seu sinal é mais forte do que realmente é.
O portal já havia notado que as operadoras poderiam esconder a potência do sinal exibida no menu "Status do SIM", dentro das configurações do sistema. Os números, expressos em dBm e em asu, representam a intensidade real do sinal, e podem ser usados em testes comparativos sobre o desempenho de diferentes dispositivos na mesma rede.
Segundo o XDA Developers, a capacidade de ocultar a potência com base no chip é definida como falsa por padrão, o que significaria que algumas operadoras mostrariam o valor e outras não. A suposta novidade não foi confirmada na prévia do sistema, liberada pelo Google em março.
2. Mais privacidade para o usuário
O Google implementou vários ajustes e funções para oferecer mais privacidade para o usuário no Andoid 9. Uma importante mudança é a adoção do HTTPS como padrão. Isso quer dizer que o sistema passará a bloquear todo o tráfego feito via HTTP, que não tem criptografia, admitindo apenas conexões de internet que usem o protocolo mais seguro TLS.
Com essa medida, o Google adiciona uma camada extra de segurança para evitar que terceiros acessem dados trocados entre o dispositivo e o computador central. O usuário ainda poderá entrar em páginas com protocolo HTTP, mas terá que aceitar explicitamente o acesso menos seguro.
Outra novidade é o suporte ao endereço MAC dinâmico, código que identifica cada dispositivo na rede. Futuramente, o Android P permitirá criar um novo MAC para cada rede conectada, dificultando que o usuário seja rastreado. A empresa também anunciou que vai habilitar criptografia de backups do Android, mas, assim como o MAC dinâmico, o recurso ainda está em desenvolvimento e chegará mais tarde.
Ainda no campo das melhorias ligadas à segurança, o próximo sistema terá uma nova interface para autenticação de impressão digital em dispositivos e apps. Ela contará com uma caixa de diálogo padrão criada pelo Google, que orientará o usuário quanto ao toque no sensor e gerenciará as informações coletadas em diferentes aplicações. O Android P ainda implementa nova API para pagamentos via NFC.
3. Editor de screenshots
O Android P deve ganhar um editor de screenshots nativo. O recurso não chegou a ser mencionado pelo Google, mas está presente na primeira prévia do sistema. Até o Android 7 (N), a versão pura do sistema não tinha uma ferramenta para realizar a tarefa: era preciso instalar apps de terceiros, a menos que as modificações da fabricante incluíssem o editor. Com o incremento, o próximo Android contará com um recurso nativo, tal como o iOS 11.
4. Apps em segundo plano sem acesso à câmera
Um recurso de privacidade em particular chamou atenção no Android P: o bloqueio do acesso à câmera e ao microfone por apps rodando em segundo plano. Confirmando rumores anteriores, o novo sistema impede que os aplicativos ociosos acessem qualquer sensor do dispositivo, mesmo que o usuário tenha concedido permissão previamente.
No funcionamento atual, um app que recebeu permissão de acesso à câmera consegue usá-la a qualquer momento, mesmo que não esteja aberto na tela do celular. Com isso, muitos serviços veem e escutam os usuários sem que eles percebam, podendo fazer uso indevido desses dados.
5. Wi-Fi RTT
Anunciado oficialmente pelo Google, o suporte ao protocolo Wi-Fi IEEE 802.11mc – mais conhecido como Wi-Fi Round-Trip-Time ou Wi-Fi RTT – oferece um sistema de localização mais preciso em ambientes internos, tarefa que não é bem executada pelo GPS. Com o sistema, o Android P conseguirá estabelecer a posição exata de um dispositivo medindo a distância entre ele e três ou mais pontos de acesso próximos.
A triangulação gera uma precisão de 1 a 2 metros, segundo o Google – para efeito comparativo, a margem de erro do GPS é de aproximadamente 5 metros. O dispositivo não precisa se conectar às redes para usar o RTT. Para manter a privacidade do usuário, só o Android consegue determinar a distância.
6. Novo sistema de notificações de mensagem
O Google mudou novamente a forma de notificações de mensagem. A nova interface destaca quem está enviando o conteúdo e inclui sugestões de resposta. Além de responder diretamente pela notificação, o usuário do Andoid P poderá enviar fotos e adesivos sem precisar abrir o aplicativo mensageiro.
7. Suporte ao polêmico topete
Os responsáveis pelo Android reconheceram a moda do topete no display – aquele recorte típico do iPhone X. No Android P, o próprio sistema irá se adaptar para que a parte escura da tela não esconda informações que seriam relevantes para o usuário.
Embora o celular da Apple tenha o visual marcante, diversos telefones Android contam com o topete – é o caso do OnePlus 6 e do Asus Zenfone 5.
8. Suporte a múltiplas câmeras
O boom de celulares com câmera dupla na traseira fez com que o Google incluísse uma nova API com suporte a múltiplos sensores. Com isso, os desenvolvedores poderão construir apps que acessem duas ou mais câmeras ao mesmo tempo, o que permitirá implementar recursos como o modo retrato e o zoom óptico, impossíveis com uma só lente.
Com informações: XDA Developers
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