Quando se fala em câmera de smartphone – um dos pontos mais relevantes para os brasileiros na hora de comprar um celular –, a maioria dos consumidores pensa logo em quantidade de megapixels. Porém, outro ponto importante deve ser considerado: a abertura da lente. Essa característica pode fazer toda a diferença ao capturar fotos em locais mais escuros ou à noite.
O questionamento sobre essa especificação está entre as perguntas mais recebidas pelo serviço de atendimento ao cliente da Samsung. A seguir, entenda como funciona a abertura de lente e qual sua importância.
Fotografia tem tudo a ver com luz. A exposição de um sensor à luz, através de uma lente, é o que produz uma imagem. Portanto, é o tamanho da abertura de lente que define a quantidade de luz que entra na câmera e atinge o sensor. Quanto mais luz, mais nitidez, exposição, brilho e foco – ou seja, mais qualidade para a foto.
A medida da abertura, chamada de f-stop, é calculada pelo comprimento focal dividido pelo diâmetro da abertura. É preciso prestar atenção: quanto menor o número, maior é a abertura, ou seja, maior a capacidade de captar luz. Por exemplo, uma câmera com abertura f/1.7 recebe mais luz do que uma com f/2.8.
À noite ou em qualquer situação de baixa iluminação, grandes aberturas de lentes são especialmente importantes na hora de conseguir uma boa foto. Sem luz suficiente, a imagem sai borrada ou com ruído. É por isso que a maioria dos celulares (ainda mais os baratos) até hoje sofre para fotografar nessas condições.
O mercado está correndo atrás de melhorias. Lançado em setembro, o LG V30 traz a câmera com a maior abertura de lente já vista em um smartphone: f/1.6. Outros modelos com abertura ampla incluem os Samsung Galaxy S8 e S8 Plus (f/1.7), os iPhones 8 (f/1.8), 8 Plus e X (eles têm dual camera: f/1.8 e f/2.4) e os Google Pixel 2 e 2 XL (f/1.8).
Outra vantagem de aberturas maiores é mais velocidade para o obturador. Isso se traduz em mais precisão na captura de cenas em movimento, que podem ficar borradas caso o tempo de exposição seja longo demais. Com um clique mais rápido, fica mais fácil “congelar” a ação.
Profundidade de campo
Uma abertura de lente grande está também associada à capacidade de focar em uma área mais próxima. Esse campo de profundidade raso permite o isolamento do objeto principal da foto em relação ao fundo, resultando no efeito conhecido como modo retrato no iPhone, e bokeh em outros smartphones.
No entanto, as câmeras dos celulares têm limitações, quando comparadas aos equipamentos dedicados a este fim – câmeras DSLR, mirrorless e até compactas mais sofisticadas. Ao contrário desses dispositivos, nos telefones, a abertura é fixa, o sensor tem que ser pequeno e posicionado perto da lente, e o ângulo da lente costuma ser amplo. Portanto, a profundidade de campo nunca será tão rasa assim.
Se a foto é em close, os resultados são melhores. Mas o que a maioria das fabricantes faz hoje para atingir com mais eficácia o efeito que ressalta o primeiro plano das imagens é usar algum software ou combinar as informações de duas câmeras. Para confirmar esta tese basta observar a nova onda de smartphones com câmera dupla, também chamada de dual camera.
Outras especificações
A essa altura, já vimos que a abertura da lente é um fator essencial na determinação da qualidade de uma câmera. Entretanto, f-stop não é tudo. O sensor é mais uma parte da equação. Sensores maiores são capazes de registrar mais informações e, assim, produzir imagens superiores.
Tem também a própria lente. Caso o vidro com o qual ela é produzida tenha clareza ou transparência ruins, a luz que chega ao sensor é reduzida. Além disso, quanto maior a abertura, mais difícil de focar a luz. Se a lente não for de boa qualidade, as fotos podem apresentar distorções. A boa notícia é que fabricantes renomadas de lentes, como Carl Zeiss e a Leica, estão envolvidas no ramo dos smartphones.
Quanto à resolução, você só precisa de um valor enorme de megapixels caso tenha que dar um zoom muito grande nas fotografias ou caso pretenda imprimi-las em dimensões gigantes. Há fotógrafos que afirmam que ninguém precisa de mais que 16 megapixels.
No fim das contas, fotos excelentes são resultado de um equilíbrio entre a eficiência da tecnologia e o tamanho do sensor, a qualidade da lente e a medida da abertura. Fique de olho em todos estes aspectos quando for escolher seu próximo celular.
Com informações: Android Authority, New Atlas e Techwalls
Película de vidro pode atrapalhar a câmera frontal? Usuários trocam dicas no Fórum do TechTudo.
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