A Intel vai finalmente apresentar seus novos chips mobile de oitava geração na CES 2018. Os novos processadores chegam depois da confirmação do uso de GPUs da AMD em processadores Intel Core. Eles deixam de contar com GPUs Intel UHD Graphics, para dar lugar aos processadores gráficos AMD Radeon RX Vega M Graphics.
A parceria entre as empresas tem o objetivo de oferecer componentes potentes e de tamanho reduzido para desbancar a rival Nvidia no quesito performance gráfica e permitir experiências com realidade virtual.
A Consumer Electronics Show é uma das maiores feiras anuais de tecnologia do mundo e acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 9 e 12 de janeiro de 2018.
Os processadores são os primeiros da série H de oitava geração a chegarem ao mercado e prometem conciliar alto desempenho gráfico em jogos e edição de vídeos em alta resolução com o baixo consumo de energia.
Serão cinco os modelos i7 e i5 apresentados: i7-8809G, i7-8709G, i7-8706G, i7-8705G e i5-8305G. Eles trazem quatro núcleos, oito threads, frequência de até 4,2 GHz e até 8 MB de memória cache. Todos são voltados para mini PCs e notebooks, incluindo os modelos ultrafinos e leves, e os 2 em 1.
Veja a seguir os principais pontos sobre os Intel Core lançados na CES.
Memória HBM2: alta performance e economia de energia
Uma das principais novidades dos processadores é o fato de a memória RAM de 4 GB embutida ser do tipo High Bandwidth Memory Gen 2 (HBM2), que trabalha de maneir
O padrão HBM2 consegue ser superior até ao GDDR5X usado em GPUs top de linha da Nvidia, oferecendo até 80% menos consumo de energia. Mais uma vantagem do componente é a troca de dados em velocidade mais elevada, com largura de banda de até 205 GB por segundo.
Esse padrão deve agradar usuários que buscam um notebook para jogos. A promessa é de alto desempenho gráfico e baixo consumo de energia, além de permitir maiores quantidades de RAM em um espaço menor, ideal para notebooks ultrafinos.
EMIB otimiza trabalho dos processadores
Como era esperado, os novos Intel Core trazem a tecnologia Intel Embedded Multi-die Interconnect Bridge (EMIB) , que permite a fabricação das CPUs com componentes feitos com base em diferentes arquiteturas. Isso resulta em um processador fabricado de forma modular e até 50% mais compacto (ou 1,7 mm mais fino). O espaço economizado favorece as fabricantes na hora de criar notebooks compactos e leves, pois pode dar lugar a outros componentes como HDs e sistemas de refrigeração melhores.
Outro objetivo do EMIB é viabilizar processadores mais eficientes e mais baratos de fabricar. A tecnologia também possibilita a parceria entre Intel e AMD, ao permitir a "conversação" entre os componentes a uma velocidade muito alta. Isso aumenta a eficiência na hora rodar jogos e programas de edição de vídeo, incluindo imagens 4K e renderização 3D.
Com os novos processadores móveis, a Intel também deve diminuir a distância que existe entre o desempenho de notebooks e desktops. A junção das GPUs Radeon a tecnologias como HBM2 e EMIB são alguns exemplos de como isso acontece.
Desempenho ideal para edição, games e realidade virtual
Entre as funcionalidades do chipset estão algumas interessantes como a Intel Dynamic Tuning, a Intel Turbo Boost 2.0 e a Intel Hyper-Threading.
A Dynamic Tuning é a primeira plataforma da Intel para integrar o desmepenho do hardware e do software em uso, a fim de otimizar a execução de programas em até 18%, segundo a marca, sem que haja superaquecimento.
A Turbo Boost 2.0 já é uma função mais conhecida de outras versões do processador. Ela oferece uma espécie de explosão de desempenho quando a tarefa em execução demandar mais poder de processamento.
Por fim, a Intel Hyper-Threading, presente em todos os novos chipsets, permite que cada um dos quatro núcelos do processador trabalhem em duas tarefas ao mesmo tempo, melhorando a velocidade e a fluidez da máquina na multitarefa.
Essas caracetériscas, segundo a Intel, dão aos processadores a capacidade de editar vídeos em alta resolução, incluindo 4K, criar objetos 3D e renderizar imagens em três dimensões, além, claro, de rodar games que exigem maior poder de processamento de maneira fluida e com gráficos suaves, sem apresentar travamentos. Ainda é possível ter uma experiência imersiva com aparelhos de realidade virtual, como é o caso do Oculus Rift e do Windows Mixed Reality.
Detalhes dos processadores
Os processadores têm dois níveis de desempenho: um de entrada, que permite o uso intenso do notebook e roda jogos mais leves, e um mais avançado, para jogos pesados, realidade virtural e exibição de imagens em alta definição.
O menos potente seria então o único i5 lançado nesta leva, o i5-8305G de 2,8 GHz (chegando a até 3,8 GHz), 6 MB de memória cache e GPU Radeon RX Vega M GL de 931 MHz (boost de até 1.011 MHz), 179,2 GB por segundo de largura de banda e 4 GB de memória HBM2.
Já o mais potente, o Intel Core i7-8809G tem 3,1 GHz (até 4,2 GHz), 8 MB de memória cache e GPU Radeon RX Vega M GH de 1.063 MHz (até 1.190 MHz), 204,8 GB por segundo de largura de banda. Ele também traz os mesmos 4 GB de memória HBM2 dos demais processadores e ainda é capaz de oferecer overclocking na CPU, na GPU e na memória HBM.
Novo Nuc é mais um dos anúncios da Intel
A marca vai aproveitar a CES 2018 para apresentar a nova versão do seu mini PC, o Nuc. A máquina chega em duas versões, comercialmente chamadas de NUC8i7HVK e NUC8i7HNK, ambas com os novos processadores da Intel. A primeira roda com o chipset i7-8809G e, a segunda, com o i7-8705G.
Os computadores têm memória RAM DDR4-2400+ de até 32 GB, suporte a SSD e diferentes portas como duas Thunderbolt 3, duas HDMI, duas Display Ports, 7 USB (USB-C e USB 3.0), além de entrada para cartão de memória.
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