Após conquistar de volta os fãs “perdidos” de muitos anos atrás, Resident Evil 7: Biohazard foi lançado com grande pompa pela Capcom para PS4, Xbox One e PC (via Steam), resgatando diversos elementos do horror para quem estava com saudades das “raízes” da série. Agora, algum tempo se passou e o público pode jogar o DLC “Not A Hero”, oferecido como download gratuito pela empresa e focado em Chris Redfield, que aparece ao final da campanha original. Mas será que o extra vale o retorno ao game? Quem já desinstalou ou se desfez do título, valerá a pena ir atrás de novo?
Se lembra da ação?
O enredo de Not A Hero se passa exatamente após a conclusão de Resident Evil 7. Após resgatar Ethan, o personagem central da trama, Chris decide amarrar as pontas soltas e ir atrás de Lucas Baker, o membro da família que sobrou e, aparentemente, ainda está vivo em algum lugar do cenário para aprontar das suas.
Isso basicamente resume a história e nos conta que há ainda muito mais a ser explorado. Parando para lembrar, fica realmente claro que Lucas pode ser um problema se está solto, levando em conta tudo que ele fez na trama central. Agora Chris parte em seu encalço para prender, ou até eliminar, a ameaça.
Especialmente para fãs de RE4
Se você curtia Resident Evil 4, vai se sentir em casa com Not A Hero. Esse DLC mantém a mecânica básica de RE 7, que é a jogabilidade em primeira pessoa, mas adiciona toda a ação e conflitos contínuos que estavam presentes em outros títulos não tão antigos assim da saga. A diferença
Dessa forma, espere também jogar de forma bem diferente com Chris no comando. Se Ethan era um cara que não fazia ideia de onde estava se metendo e desconhecia como usar armas ou itens em seu favor, Chris Redfield é um agente altamente treinado e preparado para encarar armas biológicas. Isso se reflete em seu arsenal, que é vasto, na vitalidade e até mesmo nos equipamentos que pode usar ao longo de sua curta aventura.
Isso também resulta na qualidade dos inimigos. Aquelas gosmas pretas que você encarou com Ethan, por exemplo, agora estão um pouco diferentes. Nem tanto visualmente, mas em termos de desafios. Certos inimigos só podem ser mortos com alguns requisitos importantes, então não é só “sair atirando” para lidar com eles. Chris e o jogador ainda precisam pensar – e resolver quebra-cabeças!
O desafio está em bom nível em Not A Hero, principalmente se levarmos em conta que Lucas Baker, o fanático por desafios, é o vilão aqui… Por outro lado, comparado com o que vimos na campanha central, não há um equilíbrio. As provações são rápidas, mas de forma proposital, pois o DLC dura pouquíssimo – dá para terminar em pouco menos de uma hora, se você for rápido e resolver tudo de forma dinâmica, sabendo onde cada segredo está. Mas, no geral, te dá uma boa diversão em mãos para aproveitar.
Vale a pena?
Bem, é de graça! Não há muito como não recomendar um conteúdo adicional se qualquer um pode baixar. Porém, se você já vendeu o game, ou se precisa baixar de novo e/ou não tem espaço no disco rígido de seu console ou PC, pode ser algo a ponderar. Entenda que este DLC é curto e não oferece algo tão inédito quanto temos na história principal, por isso talvez desanime algumas pessoas que esperam reviravoltas incríveis na saga. Mas ainda é um pedaço de extra bem divertido e que modifica Resident Evil 7 de forma agradável.
Jogar de novo com Chris, mesmo que em primeira pessoa, é algo que os fãs queriam. Ele é um dos principais heróis da série e veio em boa hora, no momento em que todos que jogaram RE 7 no início do ano já “esqueceram” do título. Not A Hero serve também para nos lembrar o quão bom foi o game e que talvez, se você tiver disposição, valha uma revisitada até mesmo no enredo central, agora com dificuldade superior.
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