Segundo um relatório divulgado pela Nokia, 68% dos smartphones infectados com vírus no mundo em 2016 rodavam o sistema Android. A fabricante, que adotou o software do Google em lançamentos de 2017, aponta o Windows em segundo lugar no volume de infecções, com 28%. O iOS, equipado no iPhone e no iPad, ocupa uma distante terceira colocação com cerca de 3,5% dos aparelhos com algum tipo de malware instalado.
A Nokia estima que 0,94% de todos os dispositivos Android no planeta sejam infectados com vírus a cada mês. O valor é ligeiramente superior ao divulgado pelo Google em um relatório de segurança ano passado, que apontou a média mensal de 0,71%.
A principal causa do problema no Android seria o número elevado de lojas não-oficiais de aplicativos. Elas são muito populares na China, onde a Google Play Store responde por apenas 4% do total de downloads. O comportamento favorece a circulação de apps perigosos por conta da falta de sistemas de proteção como o Google Play Protect. O recurso busca garantir a segurança de usuários que baixam apps somente da loja oficial do Android.
Ao portak ZDNet, o diretor do laboratório de segurança da Nokia, Kevin McNamee, elogiou as medidas de segurança adotadas pelo Google. “O Google fez um excelente trabalho com o Google Play Protect e eles estão realmente protegendo a infraestrutura de aplicativos para dispositivos Android. O principal vetor de ameaças para telefones Android é o uso de trojans. No mundo Android, o
Windows x iOS
O estudo da Nokia envolveu análise do tráfego da rede de internet 3G e 4G, o que acabou envolvendo PCs Windows conectados a celulares via roteador Wi-Fi. Os 28% dos aparelhos infectados por malware na pesquisa, portanto, não são celulares com Windows Phone, sistema da Microsoft que chegou ao fim recentemente por conta de sua impopularidade.
O relatório mostra que o número de apps maliciosos identificados em celulares vêm superando os casos em PCs Windows desde 2015. O segundo lugar do Windows no ranking da Nokia, porém, representa apenas os computadores com acesso a redes móveis.
Mesmo considerando um segmento restrito de máquinas desktop nessa pesquisa, o sistema da Microsoft ficou à frente do iOS, usado em smartphones e tablets sempre conectados. O software da Apple representou 3,54% dos aparelhos infectados durante o ano passado. Em números totais, o software da Apple representa 30% dos dispositivos móveis do mundo, segundo dados do NetMarketShare.
Ao contrário do Android, o iOS não tem lojas alternativas de livre acesso para usuários, dificultando a distribuição de aplicativos infectados. A tendência é que quase todos os apps para iPhone ou iPad sejam filtrados pelo crivo de segurança da App Store, diminuindo as chances de um malware passar despercebido.
Se você usa celular ou tablet Android, é importante baixar aplicativos sempre da Google Play e adotar medidas de segurança que vão da verificação manual por infecções à checagem de permissões - veja dicas para se proteger.
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