Ainda é cedo para bater o martelo, mas a Black Friday Brasil 2016 anda a passos lentos. De acordo com levantamento do Reclame Aqui, pelo segundo ano consecutivo, houve queda no interesse dos brasileiros por virar a madrugada fazendo compras online. O comportamento se manifestou em uma queda de buscas ao longo da noite, assim como um volume reduzido de menções nas redes sociais e queixas no site — o tema sequer entrou para os trending topics do Twitter. As consultas à reputação das empresas no site, no entanto, aumentaram 11% nos acessos da plataforma, em relação ao mesmo período do ano passado.
Um guia completo e seguro do preço barato no Brasil
Para Maurício Vargas, CEO do Reclame Aqui, as empresas aprenderam com os erros dos anos anteriores e se prepararam melhor para esta edição. Entretanto, os preços não encantaram os consumidores. "O brasileiro continua desinteressado pelas ofertas. Os sites oferecem uma média de 26% de desconto e não os 50% ou 60% que todos esperam numa Black Friday", disse o executivo.
Em 12 horas de monitoramento, entre 18h (quinta-feira) e 6h (sexta-feira) o site, acostumado a organizar milhares de queixas ao longo da Black Friday, recebeu 581 reclamações relacionadas ao evento, contra 831 no mesmo período do ano passado — uma queda de 30% no total.
As empresas mais reclamadas
Ainda de acordo com a pesquisa, a empresa que liderou o ranking com mais problemas é a mesma. Com um sistema de contagem regressiva para suas promoções, a Kabum! recebeu 159 reclamações, seguida da segunda colocada Americanas.com, que ficou com 44 queixas nas primeiras horas. De acordo com o ranking, empresas com o mascote do site em verde prestaram bom atendimento.
Principais problemas
No ranking de principais reclamações, quem lidera é a propaganda enganosa, que representou 19,6% dos casos. Em segundo lugar apareceram as divergências de valores, com 11%, seguido de dificuldade para finalizar a compra, com 8,4% — quando o produto acaba ou carrinho trava. A maior causa de reclamações nos últimos anos, a maquiagem de preços, caiu para quinto lugar, com 6,7% de descontos anunciados sobre preços que haviam subido horas ou dias antes. Produto indisponível, valor abusivo do frete e forma de pagamento (sem flexibilidade) também aparecem na lista de queixas mais comuns.
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