Epic Mickey é uma série de jogos Disney bastante peculiar. O game explora um lado mais sombrio do mundo dos desenhos animados e foca-se em um Mickey menos alegre e serelepe, além de dar destaque ao seu lado arruaceiro e aventureiro. Confira todos os títulos que a franquia recebeu ao longo dos anos.

Jogos da Disney: relembre os clássicos da geração 16 Bits

Epic Mickey resgatou um lado sério que estava esquecido do camundongo (Foto: GameTrailers)

Epic Mickey (2010)

O primeiro título da série Epic Mickey apresenta um mundo sombrio chamado Wasteland, para onde vão os personagens esquecidos da Disney. Após um acidente com um pote de tinta e solvente, Mickey acaba criando seu maior inimigo, o Mancha Negra, o qual domina este abandonado mundo e então rapta o camundongo. Com a ajuda de Oswald, o primeiro personagem criado por Walt Disney nos anos 20, Mickey precisará derrotar o vilão.

A revelação de Epic Mickey para o Nintendo Wii em outubro de 2009 foi uma grande surpresa, pois desde os anos 80 e 90 o personagem não encarava uma aventura séria, sempre limitando-se a estrelar jogos infantis de qualidade duvidosa como Magical Mirror starring Mickey Mouse. O visual mais sombrio, no entanto, era apenas um sinal de algo ainda mais interessante, o título estava nas mãos do designer Warren Spector.

Spector é conhecido como o criador do jogo Deus Ex, que misturava tiro em primeira pessoa com elementos de RPG, tendo como principal característica seus sistemas de escolhas e consequências. Ele prometeu trazer tudo isso para Epic Mickey, criando um sistema de moral que acompanhasse suas escolhas. O resultado foi um jogo mais sombrio e profundo, que pode ser jogado de várias maneiras.

A mecânica principal se baseava em tinta e solvente. Com a tinta era possível restaurar coisas, resolver problemas de maneira criativa e mudar a situação a seu favor. Já o solvente era uma solução agressiva (literalmente), que apagava problemas, os tirava do seu caminho, além de destruir objetos. A forma como o usuário escolhia jogar tinha consequências e o forçava a pensar não apenas na situação, mas no quadro geral.

O título foi um grande sucesso comercial: vendeu mais de 2 milhões de unidades e marcou também a primeira vez que Mickey e Oswald se encontraram. No entanto, muitos jogadores sentiram que nem todas as promessas foram cumpridas. Para eles, o jogo não era sombrio o bastante ou as escolhas não possuíam tanto peso quanto queriam.

Epic Mickey 2: The Power of Two (2012)

Com o sucesso da primeira aventura, a Disney logo investiu pesado na série, encomendando uma sequência e uma versão portátil. O resultado foi Epic Mickey 2: The Power of Two para as mais variadas plataformas e Epic Mickey: Power of Illusion para o Nintendo 3DS. Diferente do primeiro jogo, The Power of Two não foi exclusivo do Nintendo Wii, saindo também para Xbox 360, PlayStation 3, Wii U, PC e PS Vita.

Wasteland está em perigo novamente e Mickey é chamado para ajudar. A grande novidade neste capítulo ficou pela inclusão de Oswald como um personagem jogável, introduzindo um modo cooperativo para duas pessoas. Como o jogo manteve seu sistema de escolhas e consequências, é um pouco mais desafiador decidir o que fazer quando duas pessoas estão envolvidas.

Apesar de o título ter tido dois anos para ser desenvolvido, o resultado final não agradou tanto quanto o esperado. A maioria dos problemas apontados no primeiro Epic Mickey não foram consertados e a ideia de um mundo sombrio já não tinha mais tanto impacto. Isso levou o título a vender apenas em torno de 500 mil unidades, muito menos que o original, apesar de ser lançado em t

... antas plataformas diferentes.

Epic Mickey: Power of Illusion (2012)

Lançado com uma diferença de dias em relação a The Power of Two, a versão portátil de Epic Mickey tinha um charme todo especial para fãs. A presença da palavra Illusion no título não é uma coincidência: o jogo realmente teve a intenção de ressuscitar antigos elementos de séries como Castle of Illusion, uma das mais populares do personagem para o Mega Drive nos anos 90.

A história se passa algum tempo após os outros dois títulos, quando o Castelo da Ilusão aparece em Wasteland com a bruxa Mizrabel, vilã de Castle of Illusion. Oswald entra em contato com Mickey após descobrir que Minnie, a namorada do camundongo, foi raptada pela bruxa, assim como no jogo clássico. Então, ele parte em seu resgate tendo que enfrentar os vários mistérios do castelo, encontrando outros personagens da Disney pelo caminho.

A jogabilidade de tinta e solvente, assim como as escolhas e consequências, ficam um pouco de lado neste capítulo, sendo substituídas por desenhos. Utilizando a tela de toque do Nintendo 3DS, Mickey pode desenhar certos objetos para auxiliá-lo, e quão bem eles realizam suas funções depende da qualidade do desenho.

Fim da série

Com as vendas muito abaixo do esperado de Epic Mickey 2: The Power of Two, a Disney encerrou o desenvolvimento da série. A desenvolvedora responsável, Junction Point Studios, sob o comando de Warren Spector, acabou sendo fechada pela Disney no início de 2013. Apesar de tudo, a saga Epic Mickey presumidamente ainda é de direito da Disney e poderia voltar um dia.

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