Parece que a LG fez escola. Nos Estados Unidos, a Lenovo (dona da Motorola) revelou nesta quinta-feira (9) o Moto Z. Em consonância com o que já vimos no LG G5 e o LG G5 SE brasileiro, o Z é uma aposta no chamado design modular. Em outras palavras, o celular permite a adição de funções por meio de acessório. No caso deste Moto, a mágica se dá por meio de capinhas "inteligentes" que, na verdade, agregam recursos inéditos para o consumidor.
Conheça as especificações e saiba tudo sobre o Moto Z
O TechTudo esteve no anúncio do produto, durante o Lenovo TechWorld, na Califórnia. Pudemos brincar com os novos smartphones por alguns minutos – o que não substitui um review com análise completa, mas ajuda a ter uma noção sobre como eles funcionam. Dizem que a primeira impressão é a que fica. Veja, portanto, qual foi a nossa primeira experiência com o Moto Z e seu irmão mais poderoso, o Moto Z Force.
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Para início de conversa, a parte da frente do Moto Z lembra bastante o que já vimos no Moto G 4 Plus: tem os botões de voltar, tela inicial e aplicativo. Abaixo deles, um leitor de impressões digitais que parece estar no lugar errado. Isso porque outros telefones, como o Galaxy S7 e o iPhone SE, têm o sensor de biometria integrado diretamente no botão Home. A solução da Motorola parece preguiçosa.
Ainda sobre a aparência dos telefones, o Moto Z e o Moto Z Force têm várias opções de personalização, como as seis capas coloridas, com acabamentos nas categorias couro, tecido e madeira.
Ao virar o aparelho, logo percebemos que há algo de diferente: na traseira dele, na parte inferior, há uma série de pinos dourados que poderiam lembrar os contatos dos antigos cartuchos de videogame. A ideia é mais ou menos a mesma: usar aqueles conectores para fazer a comunicação com algo externo. No caso, os acessórios que a Lenovo desenvolveu especial para este produto. Entre eles tem um projetor de imagens, uma bateria reserva e um alto-falantes da JBL.
O processo de conectar o acessório – batizado de Moto Snap em português e Moto Mod em inglês – não poderia ser mais simples: basta aproximá-los para que o magnetismo junte as duas partes. Se for a primeira vez que o consumidor estiver ligando o Moto Z ao projetor, por exemplo, uma tela com ajustes e instruções vai aparecer imediatamente. Depois daquele primeiro co
A Lenovo realmente compreendeu o conceito do plug and play bastante comum na indústria de informática há alguns anos. Basta juntá-los e usar os dois produtos – o telefone e o acessório. A barra superior do Android, onde ficam as notificações e o horário, também informa o percentual de carga do acessório escolhido pelo consumidor, caso ele tenha uma bateria própria.
Manusear os Moto Snaps é igualmente simples. Eles vêm com aplicativos que são carregados automaticamente após a conexão, caso seja necessário. Por ser magnético, o telefone e o acessório permanecem firmes enquanto estão juntos. Nós até tentamos sacudi-los para ver se eles se separavam, mas pelo menos na nossa experiência de TechWorld os ímãs usados no Moto Z parecem ser suficientemente fortes para o uso cotidiano.
Cansou de usar o projetor portátil? Já recarregou seu telefone? A parte mais simples é desligar o acessório: basta aplicar um pouco de força para separar o smartphone Motorola do Moto Snap. Sem abrir nenhum menu ou clicar em nada, dentro do sistema.
A pegada que a Lenovo deu para o design modular merece testes mais aprofundados. Ainda assim, parece ser mais inteligente que a da LG, com uma bateria removível que pode ser retirada para que o smartphone seja acoplado a acessórios (os LG Friends). O manuseio é desajustado, enquanto o do Moto Z parece simples e intuitivo.
O desempenho também requer testes adicionais. A boa notícia é que o Moto Z tem processador Snapdragon 820, da Qualcomm, inclusive no modelo que será vendido no Brasil. A Lenovo resolveu fazer diferente do que temos visto com outras fabricantes, que decidiram aplicar um rebaixamento nas especificações de telefone ao produzir a versão nacional. O caso mais notório desse comportamento é o LG G5 SE, um "Special Edition" pensado para o consumidor brasileiro que é mais fraco que o modelo gringo.
Podemos esperar uma performance interessante, pois o Moto Z conta com memória RAM de 4 GB e Android 6.0.1 Marshmallow. A ausência de modificações no sistema do Google – como aquelas que a Samsung, Asus, LG e Xiaomi, entre outras, fazem – costuma proporciona uma experiência de uso com menos engasgos e travamentos do que telefones similares.
Para continuar com a ficha técnica, precisamos fazer as distinções entre o Moto Z e o Moto Z Force. Embora a tela seja a mesma, uma AMOLED de 5,5 polegadas, o Moto Z Force tem a proteção ShatterShield, numa versão melhorada em relação à do Moto X Force. Em apresentação, o ator Ashton Kutcher derrubou o Z Force de uns bons três metros, com a tela virada para baixo, sem que nenhum arranhão aparecesse.
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A captura de imagens também apresenta números ligeiramente diferentes. Ambos os modelos fazem selfies de 5 megapixels, mas o Moto Z tem câmera principal de 13 MP, enquanto o Moto Z Force oferece 21 MP. Por fim, o Moto Z tem bateria mais humilde: 2.600 mAh, enquanto o Force traz 3.500 mAh e carregamento rápido. Essa pujança energética toda tem um preço: o Force tem quase 2 milímetros de espessura a mais do que o Z normal. Nada de outro mundo.
Quem quiser comprar os celulares deve aguardar até setembro, que é quando a Lenovo começará a distribuí-lo mundialmente. A vida do Moto Z e Moto Z Force para o Brasil está confirmada, mas o preço não foi revelado. A fabricante chinesa observa em especial a flutuação do dólar no país, antes de bater o martelo sobre quanto cobrar pelos novos top de linha.
*O jornalista viajou a convite da Lenovo
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