River Raid é o precursor de muitos jogos de nave – no Atari, foi o primeiro de tiro com aviões a apresentar terreno, cenário e visual colorido. Recheado de inovação, foi desenvolvido por uma garota e até banido na Alemanha. Conheça essas e outras curiosidades e história bizarras do lendário game na lista abaixo.
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- Banido na Alemanha
Popularmente conhecidos no Brasil como “jogos de nave”, os shoot’em up estiveram no auge entre os anos 80 e 90. O jogador controla um avião em River Raid, com a missão de bombardear pontes, explodir navios e derrotas aeronaves inimigas. É evidente que o título se baseava em conflitos reais como a Segunda Guerra Mundial.
Por conta da representação do cenário de guerra, que também foi demonstrado na capa do game, River Raid foi banido da Alemanha até, acredite, 2002.
- Zerar, virar, salvar ou terminar?
O ato de vencer completamente os jogos tem diversas denominações. Nos anos 90, era popular chamar de “salvar”, pois muitos enredos faziam referências ao resgate de algum personagem, geralmente mulheres. De 2000 em diante, ficou popular o termo “terminar”. Nos anos 80, o mais comum era “zerar”, pois muitos jogadores do Atari sentiam-se satisfeitos apenas quando “viravam” ou “zeravam” o placar dos games.
Apesar do final de River Raid ser considerado mito pelos jogadores, ele existe. Ao alcançar a pontuação de 9.999, o fim nada amistoso é apresentado. O avião literalmente explode sozinho, conforme mostrado no vídeo acima.
- Carol Shaw, a primeira game designer
River Raid foi imaginado e programado pela game designer Carol Shaw. Formada em Ciências da Computação pela universidade de Berkeley, Carol foi contratada pela Atari em 1978.
Porém, foi na Activision que a game designer criou River Raid, em 1982. No ambiente de inovação e foco em jogos de ação, ela queria criar um shooter com rolamento vertical que não fosse randômico. Ao utilizar técnicas de programação de alto nível, Carol Shaw criou um game pesado demais para o cartucho do Atari.
- Jogabilidade inovadora
River Raid foi um marco de inovação para a época. O jogo tem diferentes velocidades para controle do avião, e é possível diminuir e acelerar a velocidade, colidir com vários objetos diferentes e abastecer. Parece rudimentar hoje em dia, mas eram muitos elementos e recursos se comparados aos outros jogos da época, em que o jogador era apenas um pontinho na tela.
Além do avião amarelo, havia barcos parados, alguns que se movimentavam aleatoriamente, helicópteros e o avião kamikaze, que cruzava a tela rapidamente.
- Jogo do ano de 1983
River Raid foi eleito o melhor jogo do ano por diversas revistas. Em 1983 pela InfoWorld, foi chamado de o “videojogo” mais desafiador. Em 1984, a revista The Desert News pontuou: “O mais jogável e divertido game de guerra”.
Imagine o jogador, cansado de games com apenas duas ou três cores, soprar o cartucho e colocar River Raid no Atari 2600. Era uma grande surpresa. Também esteve entre os primeiros games a realmente criar a polêmica em torno de haver ou não um final.
- Um dos grandes sucessos da Activision
Hoje, a Activision é conhecida por gigantes como Call of Duty. Porém, a produtora começou como uma modesta empresa que fabricava jogos para a Atari, muitos deles com apenas 4 KB de dados.
River Raid foi um dos jogos que ajudou a Activision a ser o que é hoje. A versão do jogo para Atari 2600 vendeu um milhão de cópias, sem contar cópias não autorizadas e cartuchos com vários jogos.
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- Checkpoint
Além do recurso de pausar, novidade para os games da época, River Raid ainda pode ser considerado o pai do Checkpoint. O jogador contava com apenas quatro aviões, as “vidas” do software.
Quando uma ponte era destruída, tornava-se um checkpoint – caso o avião fosse destruído, o game começava imediatamente depois dela. Nos anos 80, o mais comum era recomeçar o jogo do início.
- Geração de terreno em tempo real
A programação do game era genial. Para muitos, os terrenos e desafios do game eram aleatórios, o que não é verdade. O código do game não guarda a sequência do terreno e inimigos, que eram geradas em tempo real, mas de forma linear. O motivo para usar um recurso tão complexo está na limitação do cartucho e do sistema.
Incluir toda a sequência dos cenários extrapolaria os limites de memória do Atari. Por isso, Carol Shaw criou um loop procedural que gerava o mesmo mundo sempre que o jogo estava em execução. Os movimentos dos inimigos também contavam com um algoritmo aleatório, o que tornou o jogo muito mais desafiador.
- Sequências e remakes
River Raid foi portado para todos os sistemas presentes na década de 80, como Atari 2600, Windows e MSX. Também foram lançadas versões diferentes para Colecovision, Atari 5200, Commodore 64 e Intellivision.
Em 1988, a Activision lançou River Raid II, sequência programa por David Lubar. Com jogabilidade similar, o novo River Raid tinha gráficos melhores, cenários diferentes e dificuldade ainda maior.
- Versão para Android e iOS
Para quem sentir saudade do clássico game, há inúmeros remakes e versões não autorizadas presentes nas lojas de aplicativos para Android e iOS.
Caso o desejo de jogar o verdadeiro permaneça, com experiência idêntica e nenhum bit alterado, é possível por meio da coletânea "Activision Anthology", que além de River Raid, contém diversos jogos nostálgicos como Hero, Pitfall! e Enduro.
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