O Razer Nari Ultimate é o novo headset da empresa a buscar um lugar ao sol no concorrido mercado de acessórios. Para isso, o modelo aposta em inovação, com um sistema inteligente que traz vibrações localizadas em seus fones, além de conexão wireless e um design sofisticado. O modelo tem preço sugerido de R$ 1.600, mas ainda não há previsão de chegada do produto ao Brasil. Confira o review completo:

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Tremedeira nos ouvidos

Uma das grandes apostas do Razer Nari Ultimate é trazer uma vibração direcionada em seus ouvidos. Isso mesmo: através dela o headset tem como intenção auxiliar o jogador em partidas, passando a sensação exata de onde disparos ou outros tipos de impacto atingem o jogador. E por mais que eu tenha achado algo supérfluo no início, ele me ajudou demais em jogos como Fortnite e Anthem, onde foi possível perceber exatamente de onde eu estava sendo atingido.

Embora a funcionalidade seja voltada para os games, ainda sim é possível ter essa mesma vibração para vídeos e músicas. Entretanto, em ambos os casos, independente de onde o som esteja sendo direcionado, a pulsação não acompanhava a localidade, se limitando apenas a "tremer o headset" como se você estivesse com os ouvidos encostados em um subwoofer.

Isso porque o efeito nos games só é possível graças ao aplicativo Razer Synapse. Com ele, há uma comunicação com o headset que faz com que todo o direcionamento de áudio e vibração seja implementado. Dessa forma, infelizmente, em jogos para consoles, como Xbox One, PS4 e Nintendo Switch, não é possível ter essa sensação de direção.

Em relação a qualidade de som, o Razer Nari Ultimate não decepcionou e conseguiu apresentar muita qualidade. Ainda em conjunto ao seu aplicativo, assim como o Razer Kraken Tournament Edition, que também passou pela nossa avaliação, ele consegue passar uma sensação de localidade 360 graus com o som, ou seja, não apenas direcionando direita ou esquerda, mas também cima e baixo.

Já em outros dispositivos que não trazem o aplicativo em conjunto, como celulares e videogames, o som limita-se ao estéreo. Porém, não deixa de apresentar uma boa qualidade, com um áudio bem definido e um sistema de graves que, mesmo sem suas vibrações, consegue reproduz com fidelidade efeitos ou músicas mais intensas.

Um pouco acima do peso, mas confortável

O design do Razer Nari Ultimate segue o padrão de outros modelos da empresa. A grande diferença fica por conta do peso, o qual achei acima do normal para um headset. O motivo é justamente o sistema de vibração acoplado nos fones que faz com que ele tenha um peso maior que os modelos mais simples.

Tirando isso, achei o arco emborrachado bem confortável para o uso prolongado. O mesmo para o sistema de acolchoamento dos fones, que além de trazerem um conforto, conseguem abafar os sons externos de uma forma bem eficiente. Para completar, há também um modesto sistema de iluminação do logo da Razer na parte externa dos ouvidos são acionados quando a função de vibração está ativada.

Com ou sem fios

Outra grande vantagem do Razer Nari Ultimate é a forma variada de conexões do headset. Ele pode utilizar o padrão P2 para ser conectado com todos os dispositivos com esta saída de áudio, ou uma conexão wireless com o PC através de um adaptador USB. Mesmo com essa conexão sem fio, o aplicativo Razer Synapse consegue reproduzir todos os efeitos citados anteriormente.

O que também achei bem vantajoso foi o tempo de bateria do headset para os efeitos de vibração. Com carga total, utilizei-o por cerca de 5 horas sem que ele precisasse de uma carga nova, mesmo com o efeito sendo usado a todo momento. Com ele desativado, a mesma pode se estender a mais algumas horas an

... tes da bateria se esgotar, tornando-se um dos mais eficientes nesse quesito.

Microfone estridente e botão que não desativa

A principal desvantagem do Razer Nari Ultimate diz respeito ao seu microfone embutido no headset. O mesmo traz uma série de problemas, desde a sua fragilidade em relação ao design e a má qualidade na reprodução de sons.

Ele fica localizado no fone esquerdo e funciona de forma retrátil, ou seja, é possível empurrar para dentro e esconder o microfone quando o mesmo não está sendo utilizado. Esse padrão está presente em quase todos os modelos da Razer e, assim como nos outros, trazem uma fragilidade enorme tanto na hora de recolher o dispositivo como para posiciona-lo frente à boca.

Para completar, o botão que deveria desativar o microfone em jogos online, como no PS4, não funcionou corretamente nos testes. Para silencia-lo foi necessário recorrer às opções do próprio console para que ele não funcionasse durante os jogos.

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