O Google é conhecido por suas iniciativas que vão além do Chrome, um dos serviços de maior sucesso da empresa. A companhia norte-americana é dona de diversos produtos online bem-sucedidos, como o Drive e o Gmail, de softwares que não ficam atrás no quesito popularidade, como é o caso do navegador ou do Maps, e desenvolve um dos principais sistemas operacionais móveis do mundo, o Android.
A empresa também se dedica ao universo dos hardwares, com produtos como os Chromebooks, o Chromecast e os celulares da linha Pixel. Entretanto, na tentativa atingir o êxito, muitas vezes as corporações acabam errando, e com o Google não é diferente. Relembre a seguir três eletrônicos da marca que "fracassaram" e acabaram sendo descontinuados.
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1. Google Glass
O Google Glass foi um projeto da companhia que gerou muita curiosidade e expectativa. O dispositivo consistia basicamente em uma armação de óculos que tinha uma pequena tela situada acima do ponto de visão. O projetor de prisma com resolução de 640 x 360 pixels exibia as informações no display, os comandos eram feitos por voz e as configurações podiam ser acessadas por um touchpad disposto na lateral.
Em abril de 2013, a empresa colocou à venda por um período limitado um protótipo do produto que chamou de "Glass Explorers" (e, em 2014, expandiu para o público em geral). O aparelho, que custava a bagatela de US$ 1.500 (R$ 3.450, à época), era equipado com o sistema Glass OS e tinha 2 GB de RAM, 16 GB de memória flash e câmera de 5 megapixels capaz de gravar vídeos em HD. O dispositivo pesava somente 36 gramas, apresentava conectividade Wi-FI, Bluetooth e microUSB, e transmitia o som ao usuário por meio de condução óssea, o que permitia que só ele ouvisse os conteúdos, mesmo sem fones de ouvido.
Apesar de todo o burburinho causado, o Glass foi descontinuado em 2015. Dentre os possíveis motivos para o fim do produto podem estar o preço bastante alto, as críticas sobre bateria fraca e erros de software, além das inúmeras questões levantadas acerca da privacidade de terceiros. Em relação à segurança, há, inclusive, ações legislativas que impediam que pessoas portando o acessório entrassem em determinados locais nos Estados Unidos.
Em 2017, foi anunciado o Glass Enterprise Edition, iniciativa na qual os smartglasses e soluções de software são vendidos e suportados exclusivamente por uma rede de empresa parceiras. Diferentemente da edição Explorer, que focava em desenvolvedores e amantes de tecnologia, a versão Enterprise busca atingir profissionais que possam usá-la a seu favor no ambiente de trabalho, indo desde médicos a fabricantes de automóveis.
2. Google Nexus Q
O Google Nexus Q era uma central multimídia desenvolvida com o objetivo de aproveitar as ofertas de entretenimento online oferecidos pela companhia, como o YouTube, o Google Play Music e o Google Play Movies & TV. Conectado a TVs com entrada HDMI ou alto-falantes, o aparelho de formato esférico era comandado por smartphones e tablets equipados com o sistema Android.
Anunciado no Google I/O de 2012, a novidade apresentava conectividades Wi-Fi, NFC, Bluetooth, microUSB e Ethernet, e rodava o sistema operacional Android 4.0. O preço de US$ 299 (aproximadamente R$ 598, na cotação da época) pedido pelo Nexus Q foi bastante criticado pela imprensa especializada, principalmente quando comparado ao valor de outros dongles disponíveis no mercado que ofereciam mais funcionalidades, como a Apple TV e o Roku TV. A ausência de ofertas de conteúdos de serviços terceiros e a incompatibilidade com o padrão DNLA também foram alvo de insatisfação.
Antes mesmo de começar o envio para os consumidores que adquiriram a central de mídia no período de pré-venda,
3. Google Play Edition
O Google Play Edition era um projeto que vendia exclusivamente no site da empresa smartphones de diferentes companhias equipados com Android puro. Ou seja, o sistema dos dispositivos não vinha com qualquer app ou modificação feita pelas fabricantes. Galaxy S4, Moto G e Sony Xperia Ultra Z em suas versões “puras” eram alguns dos celulares que só podiam ser encontrados no site da marca.
O HTC One M8 foi o último a ser retirado da loja virtual, em 2014, e, desde então, nenhum outro telefone foi ofertado. A companhia não descontinuou a iniciativa oficialmente, mas nunca mais anunciou uma novidade. Ainda é possível encontrar dispositivos com Android puro no mercado, como os modelos da Motorola e a linha Pixel, produzida pelo próprio Google, além dos novos Motorola One e LG G7 One.
Via Sapo, Glass, New York Times e The Verge
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